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Fundos Liquidam Posição Vendida em Açúcar. Hora da Virada?

Publicado 21.11.2017, 09:06
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O mercado de açúcar em NY fechou bem a semana com alta de 41 pontos em relação à sexta-feira anterior, ou seja, mais de 9 dólares por tonelada, com o março cotado a 15.37 centavos de dólar por libra-peso.

A média dos fechamentos diários no mês de novembro já está em 14.86 centavos de dólar por libra-peso o que é 4.4 % maior do que a média observada no mês de outubro de 14.23 centavos de dólar por libra-peso. Nosso modelo de previsão de preços indicava níveis mais baixos para o mês de novembro em relação ao mês de outubro, mas comentamos também que o desempenho de outubro fora mais baixo do que o esperado e parecia ter havido, como já observado em outras ocasiões, uma inversão entre os dois. Parece que isto está ocorrendo. Em resumo, outubro e novembro trocaram de lugar. Culpa da rolagem, talvez?

Embora a recuperação dos preços no mercado futuro de açúcar pareça tímida, o fato é que houve valorização acima de 100 pontos em apenas 9 pregões. E pode apreciar mais à medida que haja absorção pelos participantes acerca do novo cenário que se desenha adiante e que aponta para a manutenção de uma produção de cana e ATR – estagnadas há muito tempo – comprovadamente insuficientes para atender ao provável crescimento da demanda de etanol.

Querem um exemplo da recuperação de preços que se delineia adiante? Ao desenharmos a curva do preço do petróleo negociado na bolsa de NY ao longo dos próximos doze meses e a ela incorporarmos a curva do real acrescida do cupom cambial, criamos uma terceira curva que nos dá, em tese, o preço de realização de gasolina da Petrobras (SA:PETR4), ou seja, o valor de importação do combustível pela estatal brasileira. Inserindo esse valor na estrutura de formação de preço da gasolina ao consumidor (que inclui, como sabemos, 27% de etanol anidro), chegamos ao valor máximo do litro da gasolina na bomba para o consumidor. Ora, se igualmente assumirmos que o etanol hidratado, para manter sua competitividade, pode custar até 70% do valor da gasolina na bomba e comparamos esse valor com seu equivalente em açúcar, teremos uma surpresa.

Considerando o exposto acima, o açúcar em NY vai precisar subir pelo menos 100 pontos na média para se colocar no mesmo nível de rentabilidade do hidratado. As usinas há muito estão fazendo essas contas, que não refletem dois fatores, para ficar apenas neles, que são a apreciação conjunta do petróleo no mercado internacional e do dólar em relação ao real.

Vamos olhar essas duas pontas plausíveis para o curto prazo e o que elas podem influenciar no açúcar. A primeira, a combinação de petróleo a 65 dólares por barril e o dólar a R$ 3,4000 e a segunda, petróleo a 50 dólares por barril e dólar a R$ 3,2000. Jogando esses dados no modelo, nos deparamos com dois cenários. O primeiro, que pode ser considerado otimista, coloca o ponto de equilíbrio do etanol ao longo dos próximos doze meses no equivalente a um açúcar VHP a 16.58 centavos de dólar por libra-peso FOB. No segundo, pessimista, o ponto de equilíbrio ficaria em 15.68 centavos de dólar por libra-peso. A média das cotações de NY para os próximos doze meses, pelo fechamento de sexta-feira, é de 15.43 centavos de dólar por libra-peso. Em resumo, no pior cenário a subida em relação à média dos meses futuros que compõem a 2018/2019 sobe 25 pontos. Na melhor, sobe 115 pontos.

Combinações cruzadas, como por exemplo, petróleo subindo com dólar caindo ou petróleo caindo com dólar subindo, se compensam e não afetam os respectivos extremos. Quão profunda será a análise que os fundos fazem sobre essas possibilidades? O que os incentiva a manter ainda uma posição vendida que possui restrita possibilidade de queda adicional? Quanto dinheiro ainda existe em cima da mesa para essa espera?

Os consumidores industriais de açúcar no Brasil devem ponderar se esse não seria o momento ideal de fixar o preço da matéria prima. As usinas, independentemente de um cenário que ainda precisa de musculatura, não devem perder oportunidades de fixar seus açúcares se os preços atingirem R$ 1.200 por tonelada.

Os fundos liquidaram 50,000 lotes e – claro – a comparação da variação entre as duas datas vai nos levar a conclusão que foram necessárias 67.000 toneladas para mover cada pontinho nesse período coberto pelo relatório do posicionamento dos comitentes, mais conhecido como COT. Muito baixista, certo? Veremos como o mercado reage. E se os fundos já começaram a virar a mão construindo uma posição comprada? Comentou-se que muitas usinas fixaram seus açúcares.

Interessante foi observar a “chuva” de relatórios essa semana, em sua grande maioria aumentando o superávit. Até as manchetes de algumas agências noticiosas foram um tanto quanto parciais, talvez sem a intenção. “Fake News”, brincou um experiente corretor de NY, dublê de Bill Maher nas horas vagas. Não sei não, mas acho que estou sentindo cheiro de pelo de urso queimado no ar….

O Professor Marcos Fava Neves denunciou nas redes sociais a invasão de uma propriedade rural produtiva na Bahia pela organização criminosa chamada MST, braço do Partido dos Trabalhadores, outra entidade da mesma laia. Os comentários do ínclito Professor viralizaram e foram compartilhados mais de 16.000 vezes. Essa entidade, fôssemos um pais sério, que respeita o direito sagrado da propriedade particular, sem a contaminação do coitadismo de esquerda que teima em se perpetuar no Brasil, teria que ser recebida a bala nos fundilhos. O agronegócio brasileiro merece respeito. O Brasil precisa de 16.000 Marcos Fava Neves para denunciar e compartilhar essa vergonha patrocinada pela bandidagem comandada por Lula e seus 400 ladrões. Cadeia para esses miseráveis. Cadê meu Blue Label?

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