BALANÇO SEMANAL — 13 a 17/07/2015
MERCADO
Os futuros do arábica devolveram a alta registrada no início da semana e encerraram o pregão de ontem com pequena valorização em relação à última sexta-feira.
Devido à ausência de novidade nos fundamentos do mercado, os principais fatores que determinaram o movimento das cotações do café nos últimos dias foram o comportamento do dólar e os indicadores técnicos.
As cotações de fechamento do dólar comercial oscilaram ao redor dos R$ 3,13 nos últimos dias, mas ontem a moeda se aproximou do patamar de encerramento da semana passada, perto de R$ 3,16.
As especulações sobre o momento da alta dos juros dos Estados Unidos, o aumento do fluxo cambial brasileiro, o cenário político doméstico e as questões relacionadas à dívida grega influenciaram a precificação da divisa norte-americana.
Na ICE Futures US, o vencimento setembro do Contrato C foi cotado, ontem, a US$ 1,2885 por libra-peso, acumulando alta de 260 pontos em relação ao fechamento da semana passada. Já as cotações do robusta, negociadas na ICE Futures Europe, registraram perdas.
O vencimento setembro/2015 encerrou o pregão a US$ 1.705 por tonelada, acumulando desvalorização de US$ 18 desde a última sexta-feira. O comportamento dos futuros do café conilon continua indicando preocupação quanto à restrição de oferta no curto prazo, já que o vencimento julho segue mais valorizado do que o setembro. Em relação à colheita da safra brasileira, os trabalhos estão avançando.
Segundo a Climatempo, até a próxima terça-feira (21/07) não haverá precipitações significativas sobre Minas Gerais, principal Estado produtor de café do Brasil.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) chama a atenção para o percentual de grãos menores na atual temporada, além dos impactos negativos das chuvas das últimas semanas sobre a qualidade café, o que pode atrapalhar a formação de lotes para a exportação em 2015/16. O mercado físico nacional continua com baixa liquidez.
Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 416,93/saca e a R$ 303,90/saca, respectivamente, com variação de 1,31% e -1,33% em relação à última sexta-feira.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo