Olá investidores,
Hoje vamos falar de um tema bem polêmico que é fazer ou não hedge em uma carteira de longo prazo?
“Eu sempre penso sobre perder como o contrário de fazer dinheiro. Não foque em fazer dinheiro, foque em proteger o que você tem”. Paul Tudor Jones
Essa frase é fundamental, pois se você já conquistou um patrimônio e uma carteira de Longo prazo, parabéns você é um vencedor!!
Mas se você não quer perder momentâneamente o seu capital e melhorar o seu psicológico em quedas do mercado, por que não proteger a sua carteira em tendências de baixa na bolsa?
O que é Hedge?
O termo Hedge, como você deve imaginar, vem do Inglês; ele significa “cerca”, “limite”. Essa palavra tem tudo a ver com o conceito, que é de delimitar os preços, driblando a flutuação.
O funcionamento básico de uma estratégia de Hedge é colocar uma parcela pequena do seu capital em um derivativo, ou em contratos futuros de índice ou em uma venda a descoberta de um ETF, por exemplo BOVA11 (SA:BOVA11). E é aqui que entra o segredo: o ativo de mais alto risco deve ter um comportamento oposto ao menos arriscado. Assim, você constrói uma espécie de balança, em que a alta de um ativo compensa a queda do outro.
A vantagem da estratégia de Hedge é clara: mais segurança nas operações, proteção dos ativos e dos investimentos.
Porém, você já se perguntou se ela tem alguma desvantagem? A resposta é sim.
A desvantagem de uma estratégia de Hedge é que ela reduz o potencial retorno do seu investimento. O motivo é simples: você mitiga risco, sendo que o potencial de retorno está sempre associado ao risco, e ainda despende um certo valor em ativos sobre os quais espera não ter lucro.
Diversificação é Hegde?
A resposta imediata é não!!
Existem dois tipos de Riscos: Risco específico e Risco de mercado
Diversificar uma carteira com diferentes papeis é a prática mais comum para se proteger contra o risco do preço de uma ação cair. Neste caso, além de se aumentar o número de papeis na carteira deve-se também evitar ações correlacionadas. Ao adicionar uma empresa em uma carteira, você reduz o risco específico de determinada empresa.
Hedge serve para você conseguir minimizar os risco de mercado. Por exemplo, estamos em um momento decisivo no índice e a sua carteira de longo prazo vem caindo consideravelmente nos últimos dias, isso porque estamos em tendência de baixa. Fazer hedge protegerá de uma queda generalizada de mercado.
Principais Formas de Hedge:
1- VENDER MINI CONTRATOS FUTUROS DE ÍNDICES
Cálculo: pontos do WINV20/5, hoje são 98.090/5=R$19.618,00
Então, se você tem R$100.000 aplicados em Longo prazo, deveria ao ver uma tendência de baixa, se proteger com a venda de 5 mini contratos. Pode ser menos, apenas se quiser a proteção quase total.
2- VENDER A DESCOBERTO O ETF BOVA11
Ao vender a descoberto BOVA11, você se protege da possível baixa de sua carteira de longo prazo. Se houver uma queda, você ganha na venda do BOVA11, compensando sua perda da carteira de Longo prazo. O preço do BOVA11 hoje está em R$94,64. Para proteger R$ 100.000, teria que vender 1000 BOVA11.
3- COMPRAR OPÇÕES PUT
Das 3 opções, essa é a pior. Apesar de você colocar menos dinheiro na operação devido ao poder de alavancagem, Opções não são binárias, tendo outro fatores que influenciam como prazo da opção, preço do strike e volatilidade.
PORTFÓLIO COMPLETO DE INVESTIMENTOS
Todo investidor de renda variável focado no Longo prazo deveria ter:
1- AÇÕES E FII
2-DÓLAR
3-OURO
4-BITCOIN
OBS:Muitos acreditam que o Bitcoin é o Ouro digital. Dessa forma, o Bitcoin seria uma ótima maneira de guardar valor com o tempo.
Não existe alocação perfeita e sim aquela que cabe no seu perfil, mas para quem investe em ações, a cada 100 reais que coloca em ações, deveria alocar de 20 a 30 reais em grupo de investimento totalmente descorrelacionado de ações.
Um abraço,
Marcelo levy
Analista Pleno-CNPI EM 2141