CENÁRIO MACROECONÔMICO
Os sinais se multiplicam, os quais possibilitam de maneira concreta o corte de juros no Brasil, como observado no IGP-M de hoje.
O retorno da deflação do item alimentação, em vista as abundantes safras recentes e o clima favorável adicionaram ainda mais descompressão ao índice.
O atacado, o grande responsável pela queda continua no seu ritmo de contração, em especial entre matérias primas agrícolas, na mesma linha da contração de alimentação.
O restante tem obedecido aos parâmetros sazonais e à recessão ainda presente.
Deste modo, a saudável ousadia do COPOM seria um corte de 125 bp na conclusão da reunião amanhã, porém não podemos esquecer o peso fiscal nos índices de preços brasileiros e tal ousadia somente ocorre com a garantia da reforma da previdência. Somente resta aos investidores aguardar.
Atenção hoje aos dados desagregados do PIB americano e mercado imobiliário.
CENÁRIO POLÍTICO
As trocas de ministros, declarações à imprensa, entrevistas e etc. Temer não entrega o “osso” tão fácil quanto se imaginaria nos dias subsequentes à delação da JBS (SA:JBSS3) e incrementa a dúvida quanto o futuro das pautas no congresso.
Meirelles foi claro ao indicar que as reformas devem andar com ou sem Temer e que o foco é a questão econômica, inclusive como citado pelo novo ministro da justiça e aliado do presidente, Serraglio.
Além da questão local, se aproximam as eleições majoritárias na Itália e os grupos anti-Zona do Euro tem bom posicionamento nas pesquisas, ao ponto do primeiro ministro Matteo Renzi dizer, sob o ponto de vista europeu, que as eleições fossem transferidas para setembro, coincidindo com o pleito alemão.
Pelo lado positivo, a Grécia indica ter chegado a um acordo com seus credores para medidas de alívio da dívida em uma reunião no próximo mês, para apoiar o retorno da nação aos mercados de bonds.
CENÁRIO DE MERCADO
O retorno dos mercados tem forte peso político no exterior e localmente. A abertura na Europa é de queda, com a mesma tendência nos futuros das bolsas em NY após o feriado.
O dólar opera em leve alta contra a maioria das divisas, após forte abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento em queda.
Entre as commodities metálicas, somente o paládio opera em alta, enquanto o restante opera em queda consistente. O petróleo opera em queda em NY e Londres, com projeções de Super oferta nos próximos meses, apesar do acordo da OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2569 / -0,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,099%
Dólar / Yen : ¥ 110,96 / -0,279%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,226%
Dólar Fut. (1 m) : 3272,23 / 0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,27 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,26 % aa (-1,07%)
DI - Janeiro 21: 10,35 % aa (-1,33%)
DI - Janeiro 25: 11,01 % aa (-0,99%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,51% / 63.761 pontos
Dow Jones: -0,01% / 21.080 pontos
Nasdaq: 0,08% / 6.210 pontos
Nikkei: -0,02% / 19.678 pontos
Hang Seng: 0,24% / 25.702 pontos
ASX 200: 0,19% / 5.718 pontos
ABERTURA
DAX: -0,159% / 12608,84 pontos
CAC 40: -0,797% / 5289,99 pontos
FTSE: -0,433% / 7514,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63975,00 pontos
S&P Fut.: -0,195% / 2409,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,112% / 5785,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,65% / 83,49 ptos
Petróleo WTI: -0,34% / $49,63
Petróleo Brent:-0,76% / $51,89
Ouro: -0,32% / $1.264,06
Minério de Ferro: -0,24% / $61,25
Soja: -0,85% / $17,65
Milho: -0,94% / $371,25
Café: 0,38% / $131,15
Açúcar: -0,66% / $14,93