Trifecta.
As apostas do mercado se concentram nesta semana de fechamento do mês, do trimestre e numa semana de agenda pesada, com foco no mercado de trabalho americano e brasileiro, o qual inclui inflações, coleta de impostos, fiscal e balança comercial.
O contexto local e internacional poderia demandar maior cautela dos investidores, afinal, após uma série bastante positiva de meses pós-pandemia para o mercado, setembro deve ser o primeiro negativo, com uma sequência de quatro semanas ruins.
Adiciona-se ao contexto mais pressão, quando os EUA impuseram restrições às exportações da fabricante de chips chinesa SMIC devido aos riscos de uso militar, o que prejudicaria os planos da China de impulsionar sua indústria doméstica de semicondutores.
Mesmo com este problema, um juiz americano derrubou o desligamento do TikTok e outros apps até segunda ordem.
Isso tudo se choca com os mais recentes dados da economia chinesa em contínuo crescimento, apesar de alguns aparentes reveses em diversos indicadores mundo afora, que dão a sensação, muitas vezes falsa, de uma ‘piora’, quando na verdade está mais próximo do processo de normalização dos indicadores.
Ainda assim, a semana pesada de indicadores macroeconômicos aparenta querer reverter os sinais negativos impostos em setembro e entrar renovado no novo mês, com ações europeias em alta, procurando se recuperar de sua pior semana desde meados de junho, com um aumento global nos casos de Covid-19 e desenvolvimentos políticos nos Estados Unidos no radar.
A presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi disse ontem que um acordo de última hora para a manutenção do auxílio contra o COVID-19 continua em pauta enquanto os Democratas da Câmara tentam avançar com um pacote de ajuda menor de cerca US$ 2,4 tri.
A proximidade com as eleições presidenciais nos EUA e as incertezas trazidas por um possível mandato democrata continuam a pesar nas decisões de investimento e localmente a falta de avanços concretos na agenda de reformas do governo, com projetos em fase perigosamente embrionária mantém a elevada volatilidade, com especial choque nos mercados de renda fixa e no câmbio.
Preparem-se para outubro, nesta semana que promete emoções.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a Ping An Insurance anunciar que aumentará sua participação no HSBC.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com o vai e vem das sanções nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao ouro e à prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores renovados de possíveis restrições de locomoção com o aumento de casos de COVID-19.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,10%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5628 / 0,96 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,129%
Dólar / Yen : ¥ 105,31 / -0,218%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,832%
Dólar Fut. (1 m) : 5552,62 / 0,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,57 % aa (-4,03%)
DI - Janeiro 23: 4,23 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,22 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 27: 7,21 % aa (0,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0131% / 96.999 pontos
Dow Jones: 1,3370% / 27.174 pontos
Nasdaq: 2,2609% / 10.914 pontos
Nikkei: 1,32% / 23.512 pontos
Hang Seng: 1,04% / 23.476 pontos
ASX 200: -0,21% / 5.952 pontos
ABERTURA
DAX: 2,742% / 12811,04 pontos
CAC 40: 2,090% / 4828,52 pontos
FTSE: 1,523% / 5931,67 pontos
Ibov. Fut.: 0,08% / 97087,00 pontos
S&P Fut.: 0,322% / 3297,90 pontos
Nasdaq Fut.: 1,185% / 11326,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 70,64 ptos
Petróleo WTI: -0,89% / $40,43
Petróleo Brent: -0,57% / $41,91
Ouro: -0,51% / $1.857,99
Minério de Ferro: 0,85% / ¥ $123,81
Soja: -0,10% / $1.003,00
Milho: -0,62% / $362,75
Café: -0,26% / $113,60
Açúcar: 0,31% / $13,07