Passada uma semana repleta de volatilidade, baseada na questão política local e internacional, surge um breve alívio na atual semana, com foco na agenda macroeconômica e no avanço da agenda corporativa, ganhando força no Brasil, Europa e Ásia.
Calendário de balanços: Vale, Gol (SA:GOLL4), Embraer (SA:EMBR3) e WEG (SA:WEGE3) reportam na próxima semana
O mercado local conseguiu manter um ritmo relativamente positivo em seus ativos, rechaçado pela proposta democrata de aumento de impostos nos EUA, a qual, ainda que não fosse surpreendente, superou em valor as perspectivas mais arrojadas e pode dificultar o avanço do plano de infraestrutura de Biden.
Localmente, o avanço do orçamento, ainda que passível de uma série de críticas, abriu espaço para o “início” do ano legislativo e o pretenso avanço com as pautas estacionadas nas casas legislativas.
Lira já sinalizou que tende a avançar com a reforma tributária, colocando ao menos uma proposta para discussão com a sociedade, indo de encontro ao que o Ministério da Economia tem citado desde 2019, onde um avanço maior demandaria uma proposta partindo do legislativo.
No caminho para a reforma tributária, estaria ainda na ordem a reforma administrativa e a do pacto federativo, para então dar o embasamento necessário para o avanço das propostas em relação à alteração da matriz tributária brasileira.
Tudo pode seguir a passos largos, se a CPI da pandemia não for mais um artificio político e de barganha do legislativo para reforçar o presidencialismo de “coalizão” e principalmente, suas demandas.
Para a semana, destacam-se as projeções de inflação mais modestas em relação às medições anteriores, em grande parte como resultado da valorização mais intensa do Real frente ao dólar e o impacto no custo de combustíveis, o qual tem forte peso nas medidas dado o peso de transportes.
Outro ponto do câmbio é a redução de diversos impactos de preços ao atacado, em especial de matérias-primas, todavia, observamos um movimento renovado de aumento de preços de alimentos, em especial proteínas.
Atenção também aos números fiscais, após a forte arrecadação março.
Na agenda macro do dia de hoje, nota do BC para o setor externo no Brasil, pedidos de bens duráveis e de capital nos EUA e na agenda corporativa Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Vale (SA:VALE3), Philips (NYSE:PHG) (SA:PHGN34), Canon (NYSE:CAJ) (SA:CAJI34), Otis (NYSE:OTIS), Lennox (NYSE:LII).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por uma agenda corporativa global pesada para a semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, ainda atentos à pandemia na India.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com a COVID-19 na Índia afetando a demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,33%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4764 / 0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,025%
Dólar / Iene : ¥ 107,74 / -0,130%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,281%
Dólar Futuro (1 m) : 5496,49 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,49 % aa (-2,31%)
DI - Janeiro 23: 6,18 % aa (-0,56%)
DI - Janeiro 25: 7,69 % aa (-1,03%)
DI - Janeiro 27: 8,34 % aa (-0,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9706% / 120.530 pontos
Dow Jones: 0,6730% / 34.043 pontos
Nasdaq: 1,4358% / 14.017 pontos
Nikkei: 0,36% / 29.126 pontos
Hang Seng: -0,43% / 28.953 pontos
ASX 200: -0,21% / 7.046 pontos
ABERTURA
DAX: -0,148% / 15256,99 pontos
CAC 40: 0,077% / 6262,73 pontos
FTSE 100: -0,047% / 6935,31 pontos
Ibovespa Futuros: 0,92% / 120924,00 pontos
S&P 500 Futuros: 1,061% / 4171,50 pontos
Nasdaq Futuros: -0,296% / 13885,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,06% / 88,46 ptos
Petróleo WTI: -1,50% / $61,05
Petróleo Brent: -1,78% / $64,92
Ouro: 0,18% / $1.779,67
Minério de ferro: 3,65% / ¥ $176,96
Soja: 0,45% / $1.545,75
Milho: 2,59% / $670,50
Café: -0,26% / $136,50
Açúcar: 0,00% / $16,94