CENÁRIO MACROECONÔMICO
Sem grandes surpresas, a queda na Selic em 1 pp frustrou a minoria entre os analistas que anunciavam o espaço para um corte ainda mais expressivo já na reunião de abril.
Todavia, a instabilidade política e o temor da falta de avanço nas reformas mantiveram o afrouxamento somente “alto” para os padrões históricos brasileiros.
Os juros reais começam a se aproximar da taxa neutra de 4,5%, restando somente os cortes projetados para o fim deste ano e neste momento, as taxas Ex-Post e Ex-Ante, as que utilizam a inflação acumulada e projetada, respectivamente, se “encontram”, num sinal de que há espaço para avanços ainda mais significativos.
Neste momento, o país possui um conjunto de situações que permitem um ciclo arrojado de cortes de juros, porém, isso pode se aprofundar ainda mais, caso as reformas avancem, abrindo espaço para juros reais competitivos em nível global.
Para os investimentos na economia real, obviamente.
CENÁRIO POLÍTICO
Os esforços russo-americanos para estabilizar as relações diplomáticas em vista à questão síria não foram suficientes para apaziguar os discursos de Trump, os quais causaram uma derrocada global do dólar ontem.
Trump diz que “o dólar está muito valorizado, pois as pessoas confiam em mim” e isso automaticamente levou a uma forte queda na divisa.
Comparando com a situação institucional brasileira, aparentemente não há limites para os danos causados pelos políticos no mundo.
Localmente, a operação “apaga fogo” deve começar entre os políticos e passado o susto inicial, podemos inclusive observar um avanço nas pautas no congresso.
Afinal, mais do que nunca, eles precisam entregar uma agenda positiva para desviar o foco de uma das piores situações de corrupção observadas no mundo. Isso por que somente vimos a delação da Odebrecht. E as outras empresas?
CENÁRIO DE MERCADO
Os comentários de Trump sobre a valorização do dólar, colocando na sua popularidade a “culpa” pela força na divisa fez com que o dólar caísse fortemente na sessão de ontem e ainda afeta os mercados hoje.
Com isso, as bolsas na Europa e futuros em NY abrem no negativo, mesmo movimento observado nas bolsas asiáticas, principalmente no Nikkei.
O dólar tenta recuperar força na abertura, após o fechamento de ontem e os Treasuries operam com forte queda no rendimento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities, o dólar fraco favorece o ouro e outros metais, porém o ferro continua em franca descompressão, com os estoques brasileiros e chineses em alta, pela expectativa reduzida de crescimento do setor imobiliário chinês.
O petróleo opera próximo à estabilidade em todas as praças, após o anúncio ontem do aumento dos estoques, apesar dos esforços da Opep.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1256 / -0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,263%
Dólar / Yen : ¥ 109,05 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 3166,72 / 0,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,64 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,42 % aa (0,43%)
DI - Janeiro 21: 9,88 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 25: 10,24 % aa (0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,73% / 63.892 pontos
Dow Jones: -0,29% / 20.592 pontos
Nasdaq: -0,52% / 5.836 pontos
Nikkei: -0,68% / 18.427 pontos
Hang Seng: -0,21% / 24.262 pontos
ASX 200: -0,74% / 5.890 pontos
ABERTURA
DAX: -0,349% / 12112,22 pontos
CAC 40: -0,560% / 5072,55 pontos
FTSE: -0,610% / 7304,14 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64980,00 pontos
S&P Fut.: -0,290% / 2334,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,251% / 5359,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,38% / 86,22 ptos
Petróleo WTI: -0,04% / $53,09
Petróleo Brent:0,02% / $55,87
Ouro: 0,05% / $1.287,36
Aço: -1,95% / $73,43
Soja: 0,55% / $18,18
Milho: 0,47% / $371,25
Café: 0,80% / $139,30
Açúcar: 1,08% / $16,89