Mais uma série de indicadores reforça o cenário de atividade econômica aquecida e inflação baixa nos EUA, renovando a dificuldade do Fed em discutir a normalização dos juros.
A alta de 0,9% na produção industrial, 1,3% na produção manufatureira, com capacidade em 77% se mistura à uma inflação ao varejo (CPI) aos 0,1% e núcleo 0,2%, fechando 12 meses em 1,8%, ou seja, ainda abaixo da meta do FOMC.
Deste modo, está claramente incrementado aquele cenário que tanto assusta Yellen e companhia, imaginando-se que a tal normalização de juros poderia reverter os ganhos do crescimento econômico, num cenário em que o aperto monetário poderia ser considerado desnecessário.
Estamos longe de sequer “sofrermos” com um cenário semelhante no Brasil quando atingirmos o possível limite de 6,5% aa nos juros nominais, porém a série recente de indicadores econômicos e a inflação controlada, mesmo com a pressão observada no curto prazo, desenham um contexto positivo para 2018 e possivelmente, 2019.
CENÁRIO POLÍTICO
Os republicanos comemoraram ontem a aprovação relativamente apertada da reforma tributária nos EUA, até este momento, o principal, senão único feito do atual presidente americano.
Entretanto, a matéria sofre forte oposição no senado, onde mesmo republicanos publicamente se opõem à maneira que a escala de redução dos impostos tenderia a beneficiar as classes mais altas e continuar a pesar nas mais baixas.
Por isso não se observa uma reação mais forte do dólar contra a maioria das divisas no mundo e sequer um grande ânimo, pois o caminho até a aprovação ainda parece longo e tortuoso.
Localmente, o governo começa a reforma ministerial e de secretarias no conta-a-gotas, porém o PSDB já sentiu o peso das declarações de que deveria abandonar o governo.
Com isso, diversos membros simpáticos ao governo tentam negociar sua manutenção em meio à reforma que deve atingir em breve a secretaria de governo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, assim como os futuros em NY, observando de perto o discurso de Mario Draghi. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, seguindo os novos recordes das bolsas americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo até 3 anos e negativo dos 5 em diante, reação à aprovação do plano tributário de Trump.
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada com o dólar em alta, não sendo acompanhada somente pela platina.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, mesmo com a preocupação de Super oferta.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2775 / -1,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,204%
Dólar / Yen : ¥ 112,56 / -0,442%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,432%
Dólar Fut. (1 m) : 3283,39 / -0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,93 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,91 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 21: 9,41 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 25: 10,59 % aa (-1,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,38% / 72.512 pontos
Dow Jones: 0,80% / 23.458 pontos
Nasdaq: 1,30% / 6.793 pontos
Nikkei: 0,20% / 22.397 pontos
Hang Seng: 0,62% / 29.199 pontos
ASX 200: 0,23% / 5.957 pontos
ABERTURA
DAX: -0,002% / 13047,01 pontos
CAC 40: -0,150% / 5328,38 pontos
FTSE: -0,314% / 7363,76 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73000,00 pontos
S&P Fut.: -0,162% / 2580,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,028% / 6342,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 86,11 ptos
Petróleo WTI: 1,41% / $55,92
Petróleo Brent:0,64% / $61,75
Ouro: 0,37% / $1.283,29
Minério de Ferro: 0,62% / $61,60
Soja: -0,16% / $18,24
Milho: 0,22% / $337,50
Café: -0,04% / $126,55
Açúcar: 0,07% / $15,26