Nada muito diferente do que esperávamos. O Banco Central ousou e rompeu o recorde de baixa dos juros brasileiros, porém existe um desafio à frente.
Conforma citado no comunicado, o próximo corte é totalmente possível, conforme preconizamos em agosto passado, todavia não depende mais de uma conjunção de fatores macroeconômicos.
Estes não são o problema.
Os juros estruturais e a ausência de reformas justificam a cautela por parte do COPOM, o qual não demanda necessariamente a aprovação da reforma e sim o seu encaminhamento.
Caso haja aprovação em primeiro turno, acreditamos que as duas próximas reuniões do COPOM cortem em 25 bp cada, ou caso a sinalização seja mais concreta, pode haver um corte final de 50 bp, conforme nossa projeção.
Sendo assim, congresso, a “bola está na sua quadra” e portanto, maiores avanços monetariamente expansivos dependem necessariamente da boa vontade dos políticos.
CENÁRIO POLÍTICO
O fechamento de questão do PMDB quanto à reforma da previdência abre um precedente importante não somente na base e no central, mas no PSDB.
O partido recentemente deu um alerta ao governo, de que o fechamento de questão dependeria necessariamente de um posicionamento oficial, porém agora que aconteceu, não acreditamos que o PSBD resolverá a questão em breve.
A busca por votos continua e Temer não deve ainda definir uma data para o primeiro turno, onde uma aprovação já viabilizaria um avanço nos cortes de juros.
Mesmo com PTB e PMDB fechados, a punição de dissidentes tem pouco efeito, em vista à janela aberta de filiações até o primeiro trimestre deste ano.
Deve ficar mesmo no “toma-lá dá-cá”.
Brasil sendo Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY em alta, com alta nas ações de empresas de entretenimento na Europa. Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, puxado pelo dólar mais favorável.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada nos ativos, com o dólar mais alto.
O petróleo opera com leve alta em ambas as praças, mesmo após frustração na queda nos estoques americanos.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2353 / -0,23 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,042%
Dólar / Yen : ¥ 112,66 / 0,330%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,060%
Dólar Fut. (1 m) : 3250,85 / 0,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,79 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,65 % aa (0,13%)
DI - Janeiro 21: 9,18 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,43 % aa (-0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,00% / 73.268 pontos
Dow Jones: -0,16% / 24.141 pontos
Nasdaq: 0,21% / 6.776 pontos
Nikkei: 1,45% / 22.498 pontos
Hang Seng: 0,28% / 28.303 pontos
ASX 200: 0,54% / 5.978 pontos
ABERTURA
DAX: 0,556% / 13071,16 pontos
CAC 40: 0,324% / 5391,76 pontos
FTSE: 0,277% / 7368,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73432,00 pontos
S&P Fut.: 0,217% / 2634,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,421% / 6319,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,03% / 84,03 ptos
Petróleo WTI: 0,34% / $56,15
Petróleo Brent:0,47% / $61,51
Ouro: -0,52% / $1.256,84
Minério de Ferro: -3,46% / $67,46
Soja: -0,48% / $18,78
Milho: 0,22% / $340,00
Café: -0,87% / $124,85
Açúcar: 0,90% / $14,57