Passada uma semana voltada aos juros nos EUA, esta é a semana do COPOM, o primeiro sob o governo Bolsonaro e o último sob comando de Ilan Goldfajn, onde a fraca reação dos indicadores econômicos, o elevado hiato do produto, contraposto às perspectivas positivas das reformas se chocam e geram dúvidas quanto aos próximos movimentos.
Muitos analistas já preveem cortes na taxa ainda este ano, dada a inflação estruturalmente baixa como será observada no IPCA desta semana e a possível necessidade de estímulos adicionais para incrementar a atividade econômica.
Porém, a difícil mensuração da reação dos investidores e consumidores à possível aprovação de reformas e como isso impactaria a atividade econômica e consequentemente nos preços deixa dúvidas como a autoridade monetária reagiria a um cenário considerado mais positivo.
O COPOM deve endereçar tais preocupações e caso o espaço se abra de maneira a permitir um aprofundamento dos estímulos, certamente o BC pode rever a atual manutenção e retomar o afrouxamento.
Atenção aos resultados corporativos de Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Mitsubishi, Panasonic, Ryanair e Seagate. No Brasil, ItaúUnibanco e Porto Seguro (SA:PSSA3).
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar de se citar em muito na imprensa que Renan poderá ser um problema para o governo, talvez Renan tenha se tornado um problema para si mesmo.
Antes perder a presidência do senado numa sessão vergonhosa ao país para Davi Alcumbre, Renan declarou publicamente apoio ao governo e suas reformas, de modo a demonstrar um pragmatismo relativamente comum aos políticos brasileiros.
Caso se torne oposição, demonstrará uma reação no mínimo infantil à derrota e poderá se reverter a algo semelhante a alguns senadores de oposição no pós-impeachment, ou seja, muita fala, pouco conteúdo e sem atenção dos demais. Ainda assim, o pragmatismo do senador deve falar mais alto.
Todavia, essa capacidade de articulação sem parte das velhas raposas será o desafio primordial do novo governo, mesmo com Maia na câmara, que é um ponto positivo para o andamento das reformas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com balanços corporativos.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, apesar da derrocada das ações da Sony.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta no minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com OPEP e Venezuela.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,54%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6572 / 0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,113%
Dólar / Yen : ¥ 109,89 / 0,356%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,222%
Dólar Fut. (1 m) : 3661,47 / 0,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,37 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,95 % aa (-0,86%)
DI - Janeiro 23: 8,04 % aa (-0,86%)
DI - Janeiro 25: 8,55 % aa (-1,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,48% / 97.861 pontos
Dow Jones: 0,26% / 25.064 pontos
Nasdaq: -0,25% / 7.264 pontos
Nikkei: 0,46% / 20.884 pontos
Hang Seng: 0,21% / 27.990 pontos
ASX 200: 0,48% / 5.891 pontos
ABERTURA
DAX: -0,023% / 11178,06 pontos
CAC 40: -0,303% / 5004,06 pontos
FTSE: 0,231% / 7036,41 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 97935,00 pontos
S&P Fut.: 0,100% / 2706,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,098% / 6884,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 81,01 ptos
Petróleo WTI: 0,72% / $55,66
Petróleo Brent:1,20% / $63,50
Ouro: -0,51% / $1.311,23
Minério de Ferro: 2,94% / $86,93
Soja: 0,15% / $16,60
Milho: 0,00% / $378,00
Café: 0,29% / $104,20
Açúcar: 0,00% / $12,62