A agenda econômica começa a ganhar força nesta terça-feira (27), ditando o rumo dos mercados, ao menos no Brasil. Após um pregão apático ontem, com o Ibovespa subindo 0,2% e o dólar caindo na mesma proporção, a R$ 4,98, a prévia da inflação oficial ao consumidor (IPCA-15) deve movimentar os juros futuros, respingando nos negócios locais.
Os investidores seguem sem saber até quando o Comitê de Política Monetária (Copom) continuará cortando a taxa Selic ao ritmo de 0,50 ponto porcentual (pp). Por ora, sabe-se que as próximas duas quedas, em março e em maio, já estão contratadas nessa magnitude. A dúvida é se a dose será reduzida já a partir de junho.
Tampouco têm certeza sobre qual será o nível terminal do juro básico, ao final do ciclo de cortes. Apesar de poucas dúvidas de que a Selic cairá a um dígito, não há convicção se será mais perto ou mais distante da primeira dezena. A essas perguntas, espera-se encontrar respostas nos números a serem divulgados pelo IBGE às 9h.
PCE define Fed (e Copom)
Ainda assim, vão ficar faltando algumas peças neste quebra-cabeça. Isso porque quanto antes o Federal Reserve começar a cortar a taxa de juros nos Estados Unidos, mais agressivo o Copom poderá ser e mais espaço a Selic terá para cair. Portanto, a reação ao IPCA-15 não deve ser tão intensa, pois não será decisiva por si só.
O calendário norte-americano merece atenção hoje, embora todas as atenções estejam voltadas ao índice de preços de gastos com consumo (PCE), que sai na quinta-feira (29). Amanhã, tem a segunda leitura do PIB dos EUA no quarto trimestre. Combinados, ambos ajudarão a calibrar as apostas em relação ao Fed.
Até então, sabe-se que a autoridade monetária prevê três cortes de 0,25 pp na taxa de juros norte-americana neste ano. Se mantida essa expectativa, o ciclo de alívio nos EUA pode começar de junho para frente, com pausas intercaladas a partir daí. Porém, não se pode descartar três quedas seguidas, apenas depois do verão (no hemisfério norte).
Mercado hoje
Em meio a tantas incertezas, os futuros dos índices das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, o que deixa as praças europeias sem rumo definido. Na Ásia, a sessão foi positiva na China, enquanto Tóquio testa o fôlego do “rali do fim da deflação”. Entre as commodities, o minério de ferro caiu em Dalian, enquanto o petróleo oscila em alta.
Ou seja, fevereiro chega à reta final com chances de influenciar o rumo dos ativos de risco neste primeiro trimestre e, quiçá, semestre de 2024. Daí porque os mercados globais oscilam entre margens estreitas, arrastando-se ao longo do dia. Afinal, o que está em jogo não é apenas o rumo dos juros no Brasil e nos EUA, mas a credibilidade do Fed e Copom.
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