Apesar do susto da abertura com o IPC acima das expectativas, inclusive no núcleo, o mercado americano reverteu rapidamente e manteve o ciclo de melhora dos ativos deflagrados no início da semana, com o mercado local corrigindo os dias parados.
Ainda que a inflação tenha marginalmente sinalizado uma elevação de juros nos EUA, a qual é dada, afinal o Fed vem alertando ao fato constantemente, os investidores preferiram observar a qualidade do crescimento americano, mesmo com o Fed de Atlanta reduzindo as projeções do PIB para o primeiro trimestre.
Localmente, a ata da última reunião do COPOM busca as sinalizações para a pausa sinalizada pela autoridade monetária no ciclo de afrouxamento monetário, considerado exitoso até o atual momento.
Entre as razoes para a pausa, além do esgotamento do ciclo e o rompimento de níveis históricos podem ser citadas a questão dos juros estruturais e a ausência até este momento da reforma previdenciária.
Atenção também ao IGP-10.
CENÁRIO POLÍTICO
O ciclo político local segue as normas brasileiras. O PSDB novamente se auto sabota, com FHC citando Huck, Dória tentando articular o governo do estado com o DEM e sendo minado pelo próprio partido (novamente) e no governo, Temer sonha com a reeleição, na carona do crescimento econômico.
Isso atrapalha os planos pseudo-eleitorais de Meirelles, que sonha em pegar carona pelo mesmo trem, porém a impopularidade de ambos ainda é um empecilho no atual contexto.
Huck parece decidir amanhã sua candidatura, o que ao menos definiria mais um jogador no xadrez político e neste mesmo xadrez, apesar dos esforços de contenção fiscal, o governo pode abrir mais um ministério para abrigar a bancada da bala.
Tudo normal.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, mesmo após a indicação de inflação acima das expectativas nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o rally das bolsas no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do ouro, mesmo com o dólar mais fraco.
O petróleo em alta na abertura, com o compromisso dos árabes em continuar com o corte de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 6,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2246 / -2,37 %
Euro / Dólar : US$ 1,25 / 0,273%
Dólar / Yen : ¥ 106,43 / -0,542%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,464%
Dólar Fut. (1 m) : 3250,62 / -2,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,69 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,89 % aa (-1,13%)
DI - Janeiro 22: 9,23 % aa (-1,60%)
DI - Janeiro 25: 9,95 % aa (-1,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 3,27% / 83.543 pontos
Dow Jones: 1,03% / 24.893 pontos
Nasdaq: 1,86% / 7.144 pontos
Nikkei: 1,47% / 21.465 pontos
Hang Seng: 1,97% / 31.115 pontos
ASX 200: 1,16% / 5.909 pontos
ABERTURA
DAX: 0,949% / 12456,26 pontos
CAC 40: 1,615% / 5248,70 pontos
FTSE: 0,681% / 7263,13 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84485,00 pontos
S&P Fut.: 0,790% / 2718,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,714% / 6734,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 88,12 ptos
Petróleo WTI: 0,96% / $61,18
Petróleo Brent:0,51% / $64,69
Ouro: 0,28% / $1.354,56
Minério de Ferro: 0,24% / $76,67
Soja: 0,29% / $18,73
Milho: -0,07% / $367,50
Café: -0,04% / $122,85
Açúcar: 0,90% / $13,45