Mais um resultado fiscal que demanda esforço redobrado do meio político para garantir a meta deste ano, a qual não foi aprovada em plenário ontem.
Com déficit acumulado em 12 meses de R$ 170 bi, o governo tem a vantagem de dois meses com receitas extraordinárias, os quais garantiram que no acumulado de 2017 o déficit fosse de R$ 51 bi, deixando um espaço ainda considerável de R$ 108 bi para os próximos 5 meses.
Entretanto, a grande ameaça às metas está em 2018, exatamente onde o período eleitoral tende a pesar ainda mais no orçamento, daí a necessidade de urgência.
Nos EUA, os indicadores de atividade econômica superaram as expectativas, menos um. O PCE, índice de preços do PIB continua demonstrando que o crescimento não impacta na inflação como o Federal Reserve almeja, portanto, a alta de juros novamente enfrenta dificuldades na maior economia do mundo.
*CENÁRIO POLÍTICO*
A aprovação da TLP no plenário, inclusive com a derrubada dos destaques da oposição se mostrou mais eficiente do que se esperava, porém com um preço relativamente alto.
A nova meta fiscal chegou a ser apreciada, com aprovação do texto-base, porém após 11 horas de negociações, o governo não conseguiu concluir a votação, que se retoma na próxima terça-feira, dia 5 de setembro.
O problema é exatamente o orçamento de 2018, porém a falta de apreciação dos vetos do presidente Temer tem como culpa a ausência de 40 deputados no plenário, o que demonstra, mais uma vez, uma “cochilada” do governo.
*CENÁRIO DE MERCADO*
A abertura na Europa é positiva e os futuros em NY operam alta, em reação ainda aos indicadores econômicos positivos divulgados entre ontem e hoje. Na Ásia, o fechamento foi misto, com o PMI de manufatura chinês acima das expectativas e do resultado anterior.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura negativa, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro volta a cair com a alta global no dólar e o minério de ferro retoma a alta nos portos chineses, seguido do cobre e do paládio.
O petróleo abriu positivo em Londres e em NY, ainda por conta do furacão que atingiu a região produtora da commodity no Texas, o que leva ao forte alta da gasolina.
*CÂMBIO*
Dólar à vista : R$ 3,1596 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,227%
Dólar / Yen : ¥ 110,59 / 0,317%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,356%
Dólar Fut. (1 m) : 3161,81 / -0,10 %
*JUROS FUTUROS* (DI)
DI - Julho 18: 7,53 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,17 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 21: 9,27 % aa (-0,32%)
DI - Janeiro 25: 10,23 % aa (-0,20%)
*BOLSAS DE VALORES*
_FECHAMENTO_
Ibovespa: -0,62% / 70.886 pontos
Dow Jones: 0,12% / 21.892 pontos
Nasdaq: 1,05% / 6.368 pontos
Nikkei: 0,72% / 19.646 pontos
Hang Seng: -0,44% / 27.970 pontos
ASX 200: 0,79% / 5.715 pontos
_ABERTURA_
DAX: 0,571% / 12071,04 pontos
CAC 40: 0,718% / 5092,64 pontos
FTSE: 0,663% / 7414,10 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 71565,00 pontos
S&P Fut.: 0,191% / 2460,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,202% / 5947,00 pontos
*COMMODITIES*
Índice Bloomberg: 0,44% / 83,37 ptos
Petróleo WTI: 0,52% / $46,20
Petróleo Brent:0,51% / $51,12
Ouro: -0,12% / $1.307,04
Minério de Ferro: 0,04% / $75,08
Soja: -0,44% / $17,72
Milho: 0,00% / $329,50
Café: -0,27% / $126,95
Açúcar: 0,50% / $14,05