Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.
ÁSIA: Especulações sobre um possível relaxamento da estratégia "COVID-zero da China" impactou nos mercados asiáticos, porém, Pequim não confirmou oficialmente essa mudança, reafirmando as políticas contra o COVID e isso pode induzir uma nova onda de cautela.
As autoridades de saúde chinesas renovaram sua postura de aderir às medidas rígidas, diminuindo o sentimento do mercado depois de ver o crescente apetite por risco na sexta-feira passada com especulações de planos “condicionais” para uma reabertura.
A especulação sobre a reabertura da China levou a um rali nos mercados na semana passada, mas economistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) disseram que “a reabertura ainda está a meses de distância, pois as taxas de vacinação de idosos permanecem baixas e as taxas de mortalidade parecem altas entre os não vacinados com base em dados oficiais de Hong Kong”. Eles acrescentaram que o governo provavelmente está trabalhando em uma saída estratégia e que o banco espera que o país relaxe as medidas restritivas no segundo trimestre de 2023.
Na segunda-feira, o Índice Hang Seng de Hong Kong ganhou 2,57%%, fechando em 16.577,00 pontos, com o seu o índice Hang Seng Tech ganhando 3,88%, enquanto na China continental, o Índice Composto de Xangai subiu 0,23%, para 3.077,82 pontos e o Shenzhen Component avançou 0,18%, em 11.207,73 pontos.
A China informou que a balança comercial encolheu em outubro, à medida que a demanda global enfraqueceu e os controles antivírus pesaram sobre os gastos dos consumidores domésticos. As exportações em dólares caíram 0,3% em relação ao ano anterior, aquém das previsões de um aumento de 4,3% e abaixo do crescimento de 5,7% de setembro, informou a agência chinesa na segunda-feira. As importações caíram 0,7%, abaixo das previsões de ganho de 0,1% em relação ao ano anterior, após alta de 0,3% em setembro. O declínio em dólar em outubro marcou a primeira queda anual desde maio de 2020, segundo dados do Refinitiv Eikon. Em termos de yuans, as exportações aumentaram 7% e as importações 6,8%, mostraram dados alfandegários divulgados na segunda-feira. O yuan enfraqueceu quase 3% em relação ao dólar americano em outubro, de acordo com o Refinitiv Eikon.
O Nikkei do Japão fechou em alta de 1,21%, fechando em 27.527,64 pontos.
Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,99%, fechando em 2.371,79.
O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,60%, para fechar em 6.933,70 pontos, com oito dos 11 setores fechando no verde. As mineradoras ajudaram a compensar os declínios do setor de tecnologia da informação e financeiro, em meio a um dólar americano mais fraco e boatos sobre a reabertura da economia da China. BHP e Rio Tinto (LON:RIO) subiram 5% e 3,8%, respectivamente e a Fortescue Metals (ASX:FMG) saltou 4,9%. O setor de energia teve um dia misto, com a Woodside Energy subindo 2,6%, enquanto Santos caiu 0,1%.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 1,3%.
Os fornecedores da Apple (NASDAQ:AAPL) na região também ficaram sob os holofotes, após a empresa alertar que as restrições da Covid na China estão prejudicando a produção do iPhone 14 Pro e 14 Pro Max e que ela foi temporariamente reduzida devido às restrições do Covid-19 em sua fábrica em Zhengzhou, na China, de acordo com um comunicado no domingo. O alerta pode significar que a Apple pode ter dificuldades para atender à demanda em dezembro, pois já lida com “capacidade significativamente reduzida” em suas fábricas. A empresa já havia sinalizado um crescimento mais lento em seus negócios de iPhone em seu relatório de ganhos no mês passado.
O aviso da Apple ocorre quando a China ordenou bloqueios em Zhengzhou na semana passada, onde a Apple tem a maior parte de sua produção do iPhone. Segundo a Reuters, os funcionários evacuaram das instalação por causa de restrições e surtos de Covid em áreas ao redor da fábrica.
EUROPA: Os mercados europeus abriram em baixa na segunda-feira mas buscam recuperação, com os investidores se preparando para uma semana movimentada na política dos EUA, com as eleições de meio de mandato do Congresso, bem como o último relatório de inflação ao consumidor.
Na Alemanha, a produção industrial da Alemanha aumentou 0,6% em setembro, superando as expectativas de um aumento de 0,1%, mesmo com a demanda por bens moderada e as fábricas enfrentando altos preços de energia e gargalos de oferta. Em agosto, a produção industrial caiu 1,2%. Na base anual, a produção industrial cresceu 2,6% em setembro, informou a Destatis.
A pesquisa do Instituto Ifo havia apontado que 65,8% das empresas reclamaram de gargalos e problemas na aquisição de produtos intermediários e matérias-primas em setembro. O setor industrial da Alemanha enfrenta pressão devido fraca demanda, com novas encomendas para fábricas caindo 4,0% em setembro, registrando o oitavo meses consecutivo de queda. O alemão DAX 30 sobe 0,9%.
Na França, o CAC 30 busca situar em território positivo, subindo 0,1%, enquanto o FTSE MIB da Itália avança 0,6%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,2% e o português PSI 20 adiciona 0,6%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe menos de 0,1%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 1,8%, Antofagasta (LON:ANTO) adiciona 1,2%, enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto sobem 0,4% e 1,3%, respectivamente.
O Banco da Inglaterra implementou um aumento de 75 pontos base nas taxas de juros na quinta-feira, mas alertou que a economia do Reino Unido enfrenta sua maior recessão já registrada.
EUA: Os futuros dos índices das ações dos EUA sobem mesmo quando os rendimentos do Tesouro de curto prazo pairavam perto de seus maiores níveis desde 2007, após a alta da taxa de juros do Fed na semana passada e com um relatório de empregos relativamente robusto, enquanto os investidores aguardam as eleições de meio de mandato no Congresso, bem como o mais recente relatório de inflação ao consumidor nesta semana.
A emissão de alerta da Apple de que a produção dos iPhones 14 foi temporariamente reduzida por conta das restrições do Covid-19 na China, pesa sobre os sentimento dos investidores.
Na sexta-feira, o Dow Jones Industrial Average ganhou 1,26%, fechando em 32.403,22 pontos. O S&P 500 subiu 1,36%, em 3.770,55 pontos e o Nasdaq Composite subiu 1,28%, para 10.475,25 pontos. Ainda assim, os principais índices fecharam a semana com perdas. O Dow encerrou uma sequência de quatro semanas de vitórias devido à temores de alta das taxas. Desde o início do ano, o S&P 500 perdeu 20,9%.
A taxa de desemprego aumentou em outubro, enquanto os empregadores ofertaram menos vagas de empregos do que um mês atrás e os salários dos trabalhadores diminuíram um pouco. A desaceleração foi mais modesta do que os economistas esperavam, segundo relatório de empregos divulgados na sexta-feira. E assim espera-se que o Fed continue seu movimento de sua taxa de juros. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que mercado de trabalho continua aquecido e era uma das razões pelas quais o banco central pode ter que aumentar as taxas ainda mais do que se pensava anteriormente e que tais movimentos poderiam causar uma recessão.
A eleição de meio de mandato marcado para terça-feira determinará qual partido controlará o Congresso e afetará a direção dos gastos governamentais futuros. Os democratas atualmente controlam a Câmara e tem maioria no Senado.
Os rendimentos do Tesouro subiam por volta das 4h30 (horário de Brasilia) desta segunda-feira. O rendimento do Tesouro de 10 anos avançava pouco mais de um ponto-base, para 4,1713%, enquanto a nota do Tesouro de 2 anos, mais sensível à política do Fed era negociado em torno de 4,6965%, após subir mais de quatro pontos-base, após atingir uma nova alta de 15 anos, chegando a 4,883%, na sexta-feira. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas. Um ponto base equivale a 0,01%.
Após o Fed aumentar a taxa de juros em 75 pontos-base na última quarta-feira e com um relatório de empregos mais forte do que o esperado de sexta-feira, Tom Barkin, presidente do Fed de Richmond, disse à em entrevista à TV que as taxas de juros aumentariam em um ritmo mais lento, mas por mais tempo e com uma taxa superior mais alta para o ciclo, coincidindo com o tom do presidente Jerome Powell, de que o banco central está tentando afastar as esperanças do mercado de qualquer reversão de sua política no curto prazo. Barkin também observou que, quando o Fed se reunir para sua decisão política de dezembro, terá visto mais dois relatórios de preços ao consumidor, o primeiro chega nesta quinta-feira.
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester e a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, devem fazer comentários na segunda-feira, o que pode fornecer mais pistas sobre a política futura do Fed e uma possível desaceleração dos aumentos das taxas.
Na frente econômica, os investidores estão aguardando o relatório CPI na quinta-feira, que dará mais informações sobre os esforços do Federal Reserve para combater a inflação. Um relatório de inflação mais quente pode reforçar aos investidores, a tese de Powell de que mais alta nas taxas de juros pode ser necessária por mais tempo. Uma inflação em queda pode sinalizar que o pivô de alta dos juros esteja próximo.
Na agenda econômica de hoje, o Crédito ao consumidor será divulgado às 17h00.
Várias empresas devem relatar seus balanços na segunda-feira, incluindo a Palantir Technologies, Activision Blizzard, Lyfte Take-Two Interative. A temporada de lucros corporativos está terminando com a maioria das empresas no S&P 500 tendo apresentando seus resultados.
CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas operam em queda nesta segunda-feira. Os ativos digitais enfrentarão uma semana movimentada que testará a correlação entre as criptomoedas e as ações em meio a uma onda de importantes notícias macroeconômicas.
Em relação ao cenário macro de 2022 de alta da inflação, aumento das taxas de juros e risco de recessão, as criptomoedas estão cada vez mais correlacionadas com outros ativos sensíveis ao risco, oscilando em sintonia com os índices Dow Jones Industrial Average e S&P 500. A volatilidade na semana passada em torno da última decisão de política monetária do Federal Reserve e do relatório de empregos dos EUA para outubro provaram que fatores macro continuam a pesar sobre os criptoativos.
A próxima semana tem mais catalisadores macro que provavelmente farão os ativos digitais movimentarem A primeira é as eleições de meio de mandato dos EUA na terça-feira, antes dos dados de inflação IPC dos EUA na quinta-feira.
Entre as razões para a queda no espaço cripto, a Solana cai mais de 10%, após se ver no meio de uma disputa entre as exchanges cripto FTX e Binance. O caso começou quando o site CoinDesk revelou na semana passada, que o balanço da FTX e da Alameda Research, empresas do bilionário Sam Bankman-Fried, que se notabilizou por resgatar empresas cripto falidas durante o “inverno cripto” do setor neste ano, eram compostos totalmente pelo token FTT, emitido pela própria FTX, fato até então desconhecido pelo mercado, colocando em dúvida a saúde financeira das empresas. A partir dai, alguns clientes receosos de que a FTX se torne insolvente, começaram a sacar criptomoedas em massa, fazendo despencar as reservas da corretora. Além disso, no domingo, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, informou que venderia todos os FTT que a empresa recebeu após se desfazer da participação que tinha na FTX em 2021. Isso afetou a Solana, porque ela é uma blockchain intimamente ligada à FTX e a Bankman-Fried, seus principais patrocinadores.
O Bitcoin cai mais de 2% nas últimas 24 horas para algo em torno de US $ 20.750. A maior criptomoeda permanece próximo de seu nível mais alto em mais de um mês.
O Ether, o segundo maior cripto, caiu 3%, perdendo os US $ 1.600.
Bitcoin: -2,33% em US $ 20.762,10
Ethereum: -3,13%, em US $ 1.575,08
Cardano: -4,08%
Solana: -12,55%
Terra Classic: -5,88%
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,46%
SP500: +0,50%
NASDAQ: +0,47%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +2,08%
Brent: -0,10%
WTI: -0,18%
Soja: -0,16%
Ouro: +0,26%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.