Os sinais dove se multiplicam nos EUA e não são poucos, conforme já citamos aqui anteriormente e o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforça tal perspectiva de incentivos, o que agrada boa parte do mercado.
Neste cenário, o futuro do dólar parece fadado à queda em nível global e mesmo contra moedas que também sinalizam a injeção de recursos como o Euro, o ciclo de desvalorização se intensifica cada vez mais.
Ainda assim, reiteramos que os programas de alívio quantitativo (QE) operados até recentemente não foram necessariamente destinados a injeção de recursos diretos na economia via M2, ou seja, dinheiro na mão e crédito facilitado e a abundante, nos moldes de 2011 no Brasil.
O QE serviu em grandes partes para inicialmente limpar o balanço das empresas, o que foi importante naquele momento histórico e num segundo momento, serviu de instrumento de liquidez abundante ao mercado, levando à inflação de ativos, deflagrados pelo processo incialmente de recompra de ações de diversas empresas, até instrumentos mais complexos.
Ainda que não existam planos de normalização do Balance Sheet do Federal Reserve, ou seja, não haverá alta de juros e nem retirada de tais linhas de liquidez, os temores de injeção de recursos nos moldes que ocorrem agora.
Na verdade, o Fed tem elevado o M2 em níveis recordes de US$ 4 tri nos últimos 12 meses em 26% anuais ao retomar compras de Treasuries (títulos do Tesouro americano) e de títulos lastreados em hipotecas (mortgage-backed securities) fora do sistema bancário.
Além disso, bancos comerciais têm comprado por títulos do Tesouro de curto prazo e outros títulos de dívida, incluindo títulos lastreados em hipotecas, que no fim, se convertem em linhas de crédito às empresas.
Una tudo à possibilidade cada vez maior de aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhões nos próximos dias, não é à toa que muitos voltaram a falar de inflação.
Atenção aos balanços de NVIDIA, Royal Bank of Canada, Reckitt Benckiser (LON:RB), Petrobras (SA:PETR4), Budweiser, Lloyds, Endesa e localmente, Petrobras, Gerdau (SA:GGBR4), SulAmerica, AES Tietê (SA:TIET11), Ultrapar (SA:UGPA3) e WEG (SA:WEGE3).
Hoje foco no IPCA-15, com pressões renovadas de preços, o INCC e nota do setor externo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a fala mais dovish do presidente do Fed.
Em Ásia-Pacífico, mercados com quedas generalizadas, com o testemunho de Powell sendo observado com cautela e realização de lucros.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, mercado sem rumo, destaque à alta da platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, mesmo com o aumento de estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,78%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4411 / -0,33 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,074%
Dólar / Yen : ¥ 105,76 / 0,513%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,397%
Dólar Fut. (1 m) : 5439,38 / -0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,42 % aa (1,03%)
DI - Janeiro 23: 5,19 % aa (-2,54%)
DI - Janeiro 25: 6,81 % aa (-1,59%)
DI - Janeiro 27: 7,50 % aa (-0,92%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2720% / 115.228 pontos
Dow Jones: 0,0497% / 31.537 pontos
Nasdaq: -0,5014% / 13.465 pontos
Nikkei: -1,61% / 29.672 pontos
Hang Seng: -2,99% / 29.718 pontos
ASX 200: -0,90% / 6.778 pontos
ABERTURA
DAX: 0,732% / 13966,30 pontos
CAC 40: 0,249% / 5794,25 pontos
FTSE: -0,029% / 6624,00 pontos
Ibov. Fut.: 2,33% / 115339,00 pontos
S&P Fut.: 0,111% / 3877,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,197% / 13195,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 86,66 ptos
Petróleo WTI: 0,32% / $61,93
Petróleo Brent: 0,31% / $65,93
Ouro: -0,07% / $1.804,84
Minério de Ferro: -0,80% / ¥ $164,16
Soja: 0,50% / $1.411,50
Milho: 0,09% / $554,25
Café: 0,11% / $137,00
Açúcar: 0,38% / $18,40