Publicado originalmente em inglês em 30/06/2021
O incansável rali nas ações da Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) não mostra qualquer sinal de pico.
A empresa fez história na semana passada ao se tornar a segunda companhia norte-americana de capital aberto a atingir o valor de mercado de US$ 2 trilhões, atrás apenas da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34).
A companhia sediada em Redmond, Washington, alcançou esse marco graças à disparada contínua das suas ações, que registraram nova máxima histórica ontem, fechando a US$271,40.
Mesmo após ganhos dessa magnitude – que fizeram seus papéis se valorizar 20% até agora no ano e 40% em 2020 –, os analistas ainda veem mais espaço para alta.
A Microsoft superou o desempenho tanto da Apple quanto da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) neste ano, sob a batuta do CEO Satya Nadella, que reformulou a companhia e a transformou em uma das maiores vendedoras de software baseado na nuvem.
O que está atraindo os investidores é a crença de que a MSFT ainda tem grande potencial de crescimento, especialmente em áreas como aprendizado de máquinas e computação na nuvem.
Keith Weiss, analista do Morgan Stanley, ao reiterar sua recomendação de compra das ações da Microsoft, com preço-alvo de US$300, afirmou em nota que a empresa está subvalorizada no mercado.
“Embora alguns investidores temam a pressão sobre os múltiplos com a desaceleração do crescimento do LPA, defendemos que essa métrica não reflete devidamente seu avanço futuro”.
Mais de 90% dos analistas de Wall Street recomendam compra na Microsoft e nenhum deles recomenda venda. O preço-alvo médio aponta para uma alta de cerca de 11% em relação aos níveis atuais.
Microsoft dispara 400%
A unidade de computação na nuvem da Microsoft é o principal fator por trás do avanço de 426% das suas ações nos últimos cinco anos, período em que Nadella também desbravou novas áreas de crescimento. Durante seu mandato, ele gastou mais de US$45 bilhões em aquisições de empresas, inclusive a rede social LinkedIn, os desenvolvedores de videogames Mojang e Zenimax, além do serviço de armazenagem de códigos GitHub.
A maioria dessas apostas gerou excelentes resultados. A unidade de Nuvem Inteligente da Microsoft respondeu por 33,8% da receita da companhia em 2020, fazendo com que se tornasse, pela primeira vez, o maior segmento de negócios dessa gigante do software e da infraestrutura, em comparação com 31% em 2019. A divisão registrou crescimento de receita de 24% no ano passado, em comparação com 13% da unidade de Produtividade e Processos Comerciais e 6% de Computação Mais Pessoal.
E a pandemia acelerou ainda mais o crescimento da MSFT. Milhões de colaboradores e estudantes permaneceram em casa durante o período de distanciamento social e usaram o Teams, software de reunião da companhia, para se manter conectados e em contato com colegas. Além disso, grandes clientes corporativos aceleraram sua mudança para a nuvem, enquanto clientes mais jovens faziam assinaturas de jogos do Xbox.
“Após mais de um ano de pandemia, as curvas de adoção digital não mostram sinais de desaceleração. Na verdade, estão acelerando”, afirmou Nadella em um pronunciamento em abril.
Conclusão
Enquanto o impressionante rali da Microsoft continua, suas ações ainda não atingiram o ponto em que poderiam ser consideradas caras. A companhia continuará expandindo sua participação de mercado em novas áreas da economia digital, mantendo, ao mesmo tempo, sua posição de liderança em antigos produtos de software, como o Windows e o Office.
Essa vantagem ajudará a companhia a atingir um crescimento sustentado de dois dígitos em receita, lucro por ação e fluxo de caixa livre, o que a torna uma ação de tecnologia confiável para se investir no longo prazo.