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Na Finalização do Trimestre, Bolsas Seguem em Baixa Após Recentes Altas

Publicado 31.03.2016, 07:19
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ÁSIA: Mais um dia de mercados misturados na Ásia, com alguns mercados refazendo parcialmente seus avanços diante da postura cautelosa da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no início desta semana.

No Japão, o Nikkei oscilou entre ganhos e perdas antes de terminar em baixa de 0,71%, em 16,758.67 pontos no último dia contábil do ano no país do sol nascente. No trimestre janeiro a março, o índice perdeu 11,95%. Do outro lado do Estreito Coreano, na Coreia do Sul, o Kospi terminou em baixa de 0,31%, mas sobe 1,76% no acumulado do ano. Dados do governo mostraram que a produção industrial coreana em fevereiro cresceu 3,3% em relação a janeiro, ante uma queda de 2,1% em janeiro. Uma pesquisa da Reuters havia previsto um declínio de 0,2% para fevereiro.

Mercados chineses fecharam em alta. O Shanghai Composite avançou 0,13% e o Shenzhen Composite adicionou 0,46%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,38%. A China elevou sua estimativa de superávit em conta corrente para o quarto trimestre e reduziu sua estimativa para o déficit de sua conta capital e financeira. O superávit em conta corrente nos últimos três meses de 2015 foi de US$ 91,9 bilhões, ante uma estimativa inicial de US$ 84,3 bilhões, comparado com um excedente no terceiro trimestre de US$ 60,3 bilhões. A conta capital e financeira foi revista para um déficit de US$ 50,6 bilhões, ante um déficit inicial de US$ 84,3 bilhões no quarto trimestre. Havia uma expectativa de um superávit de US$ 11,4 bilhões no terceiro trimestre. Em 2015, o país teve um excedente em conta corrente de US$ 330,6 bilhões, um aumento de US$ 293,2 bilhões ante uma estimativa inicial e um déficit em conta capital e financeira de US$ 142,4 bilhões, comparado com um déficit de US$ 161,1 bilhões.

Na Austrália, o ASX 200 terminou em alta de 1,45%, em 5,082.80 pontos, impulsionado por avanços nos subíndices financeiro, energia e materiais, que ganharam entre 0,93% e 1,75%. O índice de referência caiu 4,02% no trimestre janeiro a março.

Os quatro grandes bancos da Austrália recuperaram parte das recentes perdas registradas na semana, mas não suficiente para evitar uma queda de 4% nos primeiros 3 meses de 2016 do ASX 200. As commodities receberam um impulso necessário após os mercados digerirem a noção de que o Fed dos EUA vai pisar "cautelosamente" no aumento das taxas de juros e levou as gigantes BHP Billiton e Rio Tinto (LON:RIO) para cima, mostrando um nítido apetite dos investidores pelas mineradoras australianas. BHP Billiton subiu 1,4% e a rival Rio Tinto subiu 1,7%, enquanto produtora de minério de ferro Fortescue Metals fechou em alta de 0,8%, apesar do preço à vista do minério de ferro desembarcado na China recuar ligeiramente para US$ 54.18 a tonelada.

Segundo analistas, o primeiro trimestre de 2016 pode ser descrita como "um conto de duas metades", com o início do período definido por uma crença de que os mercados de capitais estavam olhando para colapso global, liderado pelo medo de uma desvalorização yuan chinês. Desde então, o yuan tem na verdade, se fortalecido contra o dólar e o S&P 500 tocando em seus níveis mais altos no ano.

Na sequência dos comentários relativamente "dovish" de Yellen no início desta semana, o que mitiga preocupações sobre a possibilidade de uma alta das taxas de juro de abril, o dólar perdeu um pouco de sua força. O índice do dólar, que mede a força contra uma cesta de moedas, recupero os 95 durante o pregão da Ásia, sendo negociado a 95,019, ante 95,160 de terça-feira (29/03).

O dólar australiano fechou a US$ 0,7645, acima dos US$ 0,75 na semana passada. O iene manteve-se em 112 em relação ao dólar, com o par dólar / iene sendo negociado em 112,26, puxando os papeis dos principais exportadores para baixo. O yuan chinês por sua vez, foi negociadas quase estável contra o dólar, em 6,4652. Antes da abertura dos mercados, o Banco Popular da China (PBOC) fixou a taxa média do yuan em 6,4612 por dólar, ante correção de 6,4841 da quarta-feira. O banco central da China permite um aumento ou uma baixa do yuan, numa faixa máxima de 2% em relação à taxa de fixação oficial contra o dólar.

O petróleo recuou durante o horário da Ásia e os stocks regionais de energia fecharam sem direção. Na Austrália, Santos fechou estável, Oil Search subiu 0,6% e a japonesa Inpex subiu 1,56%, mas na China continental, Sinopec caiu 0,57%, enquanto PetroChina caiu 0,78%.

Após o fechamento dos mercados asiáticos, o Standard & Poor´s Ratings Services reduziu a perspectiva sobre o rating da China de estável para negativa, dizendo que o "reequilíbrio econômico" do país é susceptível de progredir mais lentamente do que o esperado. A agência de classificação manteve o rating AA- da China, argumentando o governo do país está tomando medidas para reforçar a sua economia, esforços significativos para eliminar a corrupção, melhorar a governança das agências e empresas estatais.

EUROPA: Mercados europeus abriram em queda, seguindo o recuo do petróleo, após a AIE dos EUA divulgar na quarta-feira que os estoques subiram 2,3 milhões de barris na semana até 25 de março para 534,8 milhões de barris, ainda em níveis recordes. Investidores também se mantêm cautelosos, aguardando dados de trabalho dos EUA na sexta-feira. O pan-europeu STOXX 600 cai cerca de 1,2%.

A inflação na zona do euro aumentou ligeiramente em março, mas permaneceu em território negativo. O número, no entanto, ilustra a luta contínua enfrentada pelo Banco Central Europeu para elevar a inflação no bloco da moeda de 19 países mais próximo de sua meta de médio prazo de pouco menos de 2%. A estimativa provisória do Eurostat mostrou que a inflação anual na zona do euro foi de -0,1% em março, após -0,2% em fevereiro. Os preços da energia puxaram para baixo o índice principal, caindo 8,7% no ano. A inflação excluindo energia, alimentos, álcool e tabaco ou a inflação "core", ficou em 1,0%, contra 0,8% no mês anterior. O BCE tem lutado recentemente para trazer a inflação de volta ao alvo. Em sua última reunião de política que decidiu sobre uma série de novas medidas para elevar os preços e incentivar os empréstimos bancários. O BCE espera que a inflação deste ano ser de apenas de 0,1%.

No Reino Unido, o FTSE 100 recua pressionado pelo setor de commodities. As mineradoras BHP Billiton e Rio Tinto caem 1,69 e 0,68%, respectivamente, enquanto BP e Royal Dutch Shell caem 0,21% e 1,08%. No mês, o FTSE 100 estava a caminho de fechar em alta de 1,3%, mas enfrenta uma queda de 1,1% no primeiro trimestre.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
8h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
10h45 - Chicago PMI (mede o nível de atividade industrial na região);
18h00 - Discurso do Presidente do FED de Nova York, William Dudley;

CHINA:
22h00 - Manufacturing PMI (número oficial do nível de atividade no setor industrial);
22h00 - Non-Manufacturing PMI (número oficial do nível de atividade no setor de serviços);
22h45 - Caixin Manufacturing PMI (nível da atividade industrial da China – versão Caixin/Markit)

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:

ÁSIA
Nikkei: -0,71%
Austrália: +1,45%
Xangai Composite: +0,12%
Hong Kong: -0,23%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,61%
London - FTSE: -0,65%
Paris CAC 40: -1,13%
Madrid IBEX: -1,54%
FTSE MIB: -1,75%

COMMODITIES
BRENT: -0,27%
WTI: -0,99%
OURO: +0,58%
COBRE: -0,75%
SOJA: -0,08%
ALGODÃO: -0,39%
MILHO: -0,07%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,16%
SP500: -0,17%
NASDAQ: -0,19%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.

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