Aparentemente, o mercado suscitou algumas dúvidas quanto ao próximo movimento do COPOM, principalmente nos vértices mais curtos da curva de juros, indicando inclusive o retorno do aperto um pouco antes das eleições.
Obviamente, este “teste” ao COPOM resulta em partes da tensão de curto prazo do cenário, alimentado por questões políticas e geopolíticas, pressão internacional do preço do petróleo e dos US Treasuries, acima dos 3% no vencimento de 10 anos.
Ainda forçando um Real mais desvalorizado que a média global contra o dólar e aguardando a intervenção do BC, a tendência do corte derradeiro de juros deve se confirmar.
Suportado por uma inflação que ainda não capturou totalmente os eventos recentes e por uma atividade econômica que não respondeu ao ciclo de afrouxamento em sua plenitude, o novo corte pode até parecer semântico, mas fecha um ciclo importante para a economia.
O desenho de um pretenso alívio global já começou, com as negociações entre China e EUA, com o secretário de Tesouro americano Steve Mnuchin.
Todavia, a questão Irã continua no caminho.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar das preocupações externadas por parte dos investidores ontem, com a falta de ímpeto de Alckmin nas pesquisas, a verdade é que pouco ainda se pode concluir do pleito, dado que metade dos entrevistados em todos os cenários não faz ideia em quem votar.
Apesar de necessárias para tentar desenhar um panorama eleitoral, neste momento as pesquisas continuam a ser exercícios de futilidade, dada à curta janela entre a definição dos candidatos e a votação em si.
A diluição entre diversos candidatos e a falta de coligações também pesam neste contexto.
Ou seja, ninguém sabe de nada.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY caem, com preocupações geopolíticas pesando.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com as oscilações do petróleo.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é observada no minério de ferro em portos chineses e o ouro cai.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, entre as sanções ao Irã e o corte da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,4%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6221 / 0,60 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,067%
Dólar / Yen : ¥ 109,91 / 0,228%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,125%
Dólar Fut. (1 m) : 3628,04 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,41 % aa (1,65%)
DI - Janeiro 21: 8,48 % aa (1,31%)
DI - Janeiro 25: 10,08 % aa (1,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,01% / 85.232 pontos
Dow Jones: 0,27% / 24.899 pontos
Nasdaq: 0,11% / 7.411 pontos
Nikkei: -0,21% / 22.818 pontos
Hang Seng: -1,23% / 31.152 pontos
ASX 200: -0,61% / 6.098 pontos
ABERTURA
DAX: -0,134% / 12960,27 pontos
CAC 40: 0,044% / 5543,11 pontos
FTSE: 0,303% / 7734,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85585,00 pontos
S&P Fut.: -0,099% / 2728,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,208% / 6959,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 90,58 ptos
Petróleo WTI: 0,96% / $71,64
Petróleo Brent:1,18% / $79,15
Ouro: -0,33% / $1.309,15
Minério de Ferro: 0,15% / $67,59
Soja: 0,60% / $18,42
Milho: 0,69% / $398,50
Café: -0,40% / $113,20
Açúcar: 0,44% / $11,34