Alguns pontos interessantes das crises recentes deflagradas no mundo e as possíveis que estão se desenhando de maneira nada oculta, em especial na Europa demonstram que o “incêndio global” está repleto de pequenos focos espalhados.
A crise na Argentina mostrou que em nível global, a sensibilidade dos investidores está enorme, fazendo com que eventos regionais sempre tragam o temor de deflagração da recessão que se desenha à porta do mundo.
O Brasil, considerando a proximidade portenha e a tradicional confusão que os gringos mais desavisados fazem de nós, até que se saiu comportada ontem, dados os efeitos da guerra comercial em nível global.
Todavia, outros países estão emitindo sinais mais do que claros de que a situação caótica pode ser deflagrada muito em breve por algum gatilho que supere a guerra comercial. Não sabemos que cor de cisne será.
A Alemanha se recupera de 2 trimestres ruins em 2018 de crescimento, mas os índices de confiança e perspectiva econômica, como o ZEW divulgado hoje (-44,1 pontos vs proj. de -28) mostram que os alemães não esperam muito para este ano.
A situação dos bancos alemães também é ruim, com o Deutsche Bank promovendo demissões em massa e queda no valor de mercado numa espiral negativa que superam os 5 anos.
O banco tem uma quantidade enorme de ativos (€1.475 tri em 2018) e a falta de capacidade de sair deste estol se reduz a cada ano, podendo criar uma mini crise subprime, caso não seja resolvido e caia de uma vez.
Na China, os sinais são repetidos de crise, com nuances de melhora, como o IED (Investimento Externo Direto), com crescimento de 7,3% no acumulado de 2019 e 8,7% contra 2018.
Ainda assim, a situação delicada de Hong Kong chama a atenção, assim como os créditos corporativos despencando a 2/3 para 297,4 bilhões de yuans em julho de 910,5 bilhões de yuans no mês anterior.
Os empréstimos via shadow banking caíram 622,6 bilhões de yuans com o financiamento imobiliário mais dificultado, a maior contração desde junho de 2018.
Por fim, temos os EUA financiando o atual crescimento econômico com um galopante déficit orçamentário que subiu 27% até julho (10 meses de ano fiscal americano), com a escala de gastos na tentativa desesperada de Trump em manter ou mesmo incrementar o momentum atual dos EUA, de modo a facilitar sua recondução ao segundo mandato, em meio às dificuldades políticas atuais.
Daí vemos que tudo pode piorar e MUITO. Até que não estamos tão ruins.
Na agenda corporativa, destacam-se Banrisul (SA:BRSR6), Bradespar (SA:BRAP4), BRMalls, CPFL (SA:CPFE3), Hapvida (SA:HAPV3), Light (SA:LIGT3), Movida (SA:MOVI3), Qualicorp (SA:QUAL3), Random e Renova (SA:RNEW11).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com as incertezas pela guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com o aumento dos protestos em Hong Kong.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e paládio.
O petróleo abre sem rumo, nos esforços de redução de oferta pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,76%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9851 / 1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,062%
Dólar / Yen : ¥ 105,14 / -0,152%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,050%
Dólar Fut. (1 m) : 3988,26 / 0,96 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,31 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,40 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 23: 6,39 % aa (0,63%)
DI - Janeiro 25: 6,88 % aa (0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,00% / 101.915 pontos
Dow Jones: -1,48% / 25.898 pontos
Nasdaq: 0,00% / 7.863 pontos
Nikkei: -1,11% / 20.455 pontos
Hang Seng: -2,10% / 25.281 pontos
ASX 200: -0,33% / 6.569 pontos
ABERTURA
DAX: -0,936% / 11570,34 pontos
CAC 40: -0,549% / 5281,14 pontos
FTSE: -0,631% / 7181,09 pontos
Ibov. Fut.: -1,94% / 101947,00 pontos
S&P Fut.: -0,170% / 2875,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,337% / 7541,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 77,00 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $54,98
Petróleo Brent:0,09% / $58,62
Ouro: 1,38% / $1.531,94
Minério de Ferro: 1,50% / $95,01
Soja: -1,43% / $15,12
Milho: -3,37% / $371,50
Café: 0,05% / $94,00
Açúcar: 0,09% / $11,53