O custo estimado para a paralisação dos caminhoneiros nos últimos dias ainda não foi estimado, mas para frente, a queda no diesel e pedágios deve custar aos cofres do governo em torno de R$ 10 bi.
Já o passado ainda será de difícil mensuração, principalmente em vista aos possíveis custos inflacionários da restrição forte de oferta de diversos produtos, entre eles os agropecuários, com redução de oferta de alimentos que pereceram por falta de transporte, animais que morreram no transporte ou por inanição e pela má fé de alguns varejistas.
Além disso, a atividade econômica também deve sofrer um impacto negativo neste período, num mês de maio já conturbado com diversas movimentações fortes no mercado financeiro, desvalorização do real frente ao dólar e algumas inflações reagindo a este movimento, além da manutenção de juros por parte do COPOM.
Neste conturbado momento, ainda é difícil medir os impactos negativos do evento, pois o mesmo ainda não terminou, apesar do governo ceder em parte das demandas.
Somente com o fim do processo, poderemos medir se a redução dos custos dos caminhoneiros trará algum benefício ao país, que não seja benefício próprio ao setor.
CENÁRIO POLÍTICO
Dentro do imbróglio da greve dos caminhoneiros, o governo conseguiu ao menos incluir na pauta a reoneração da folha, reduzindo o impacto das perdas da redução de preços de combustíveis aos caminhoneiros.
Ainda assim, o ônus ao combalido governo Temer é grande, novamente pela dificuldade de tanto entender por completo a mobilização, quanto as demandas efetivas naquele momento e como comunicar ao público em geral qual seria o custo de atender às demandas.
Neste cenário, sequer a oposição conseguiu um quinhão das manifestações e Maia agora tenta, através de uma chamada da reforma tributária, ser o arauto da razão, um pouco tarde demais.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY sobem, apesar das inseguranças com a situação política italiana.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com queda no preço do petróleo.
O dólar opera em leve queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam pelo feriado nos EUA.
Entre as commodities metálicas, queda é generalizada, com exceção da platina.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com um possível aumento de produção pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 5,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6536 / 0,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,034%
Dólar / Yen : ¥ 109,37 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,098%
Dólar Fut. (1 m) : 3670,61 / 0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,68 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,59 % aa (0,66%)
DI - Janeiro 21: 8,76 % aa (0,81%)
DI - Janeiro 25: 10,90 % aa (1,96%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,53% / 78.898 pontos
Dow Jones: -0,24% / 24.753 pontos
Nasdaq: 0,13% / 7.434 pontos
Nikkei: 0,13% / 22.481 pontos
Hang Seng: 0,67% / 30.792 pontos
ASX 200: -0,48% / 6.004 pontos
ABERTURA
DAX: -0,007% / 12937,08 pontos
CAC 40: -0,193% / 5531,87 pontos
FTSE: 0,000% / 7730,28 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 79077,00 pontos
S&P Fut.: 0,250% / 2725,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,309% / 6981,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,65% / 90,92 ptos
Petróleo WTI: -1,83% / $66,64
Petróleo Brent:-1,54% / $75,26
Ouro: -0,33% / $1.297,89
Minério de Ferro: -0,15% / $66,26
Soja: 0,39% / $18,87
Milho: 0,43% / $406,00
Café: -0,12% / $120,40
Açúcar: 0,65% / $12,46