Estamos muito próximos de presenciar o maior evento para o mercado financeiro desde 2008.
De um lado, uma candidatura desgastada com o mercado financeiro pela falta de transparência e autoritarismo.
A canetada no setor elétrico deixou suas marcas e o PT enfrenta uma crise de confiança generalizada nos mercados, não que partido ligue para isso.
Do outro lado, o mercado vê na figura de Aécio, o salvador da pátria que trará de volta a “ordem”, mais meritocrático, sem aversão ao lucro e menor intervencionismo estatal.
É pecado lucrar!?
Meus caros é nítido que os gestores de recursos estão muito incomodados com essa situação. Nunca foi tão difícil saber o que fazer com os portfólios diante da profunda dicotomia do evento.
Isso mesmo, tem gente que em caso de vitória do PSDB joga com 10% de alta para o Ibovespa. Ao passo que a vitória do PT levaria, talvez, até a um Circuit Breaker.
Como esses profissionais, os gestores, precisam acompanhar ou superar seus benchmarks, no caso da renda variável o Ibovespa, eles precisam estar alinhados com o índice para tamanho movimento.
Estar fora de ativos que compõe o índice em caso de vitória de Aécio é ver o benchmark distanciar de seus fundos e consequentemente uma receita menor. Porém, em caso de vitória do PT, não ter tais ativos em carteira será excelente, mas não menos doloroso.
Cabe a cada um, no final do mês, explicar que diante de um evento dicotômico de enorme amplitude não é vergonha justificar o porquê não foi possível acompanhar o Ibovespa.
Será sem dúvida a semana mais difícil e tensa para analista, gestores e investidores. Manter-se fora talvez seja mais sensato e a saúde agradece.