Após semanas de discursos considerados hawkish por membros do Federal Reserve, criando a expectativa de que o ciclo de aperto monetário nos EUA seria levando até onde fosse necessário para controlar a inflação, veio então o discurso de Powell.
O chairman do Fed foi bastante dovish nas suas colocações, especialmente quando diz que não se sente confortável em “subir os juros rapidamente, sob pena de criar um crash na economia”.
Ainda assim, diz ter esperança em “equilibrar o mercado de trabalho, ao reduzir a velocidade do crescimento da criação de vagas” e que tal equilíbrio deva vir “da demanda e não da oferta”.
Mesmo citando que “cortar juros é algo fora do escopo de curto prazo”, reiterou diversas vezes que não quer exagerar na dose do aperto e por isso, que devem reduzir o ritmo em breve e a busca deve ser sempre pelo “soft softish landing”, mesmo buscando juros reais positivos.
Por fim, a frase que selou a perspectiva dovish do chairman foi “a redução do ritmo de altas nos juros é a melhor maneira de se equilibrar os riscos e citou a importância do índice Jolts, o qual registrou vagas em aberto acima das expectativas, aos 10,334 mi, ante 10,687 mi revisados anteriormente.
No Brasil, o quão conveniente seria para um presidente, recém-eleito e ainda não empossado, ter todas suas promessas de campanhas aprovadas por um congresso que sequer será parte do seu governo?
Ontem, lula insistiu com Lira no valor total da PEC do estouro e continua a bater o pé quanto ao valor, não importa o quão economicamente impraticável seja a demanda pelos exorbitantes R$ 198 bilhões.
Os investidores aguardam a definição da proposta, a qual parece não ter muita simpatia do presidente da câmara, pois acaba com toda e qualquer margem de manobra com o executivo com o congresso para os próximos 4 anos, afinal, quem precisa do congresso com tudo já aprovado?
Ma agenda de hoje, o PIB brasileiro, IPC-S, balança comercial se unem à uma série de PMIs e ISMs, além dos desagregados mensais do PIB americano, após o resultado mais forte observado ontem.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após as falas de Powell de elevações mais modestas de juros.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, também impulsionados pelo discurso mais dovish do presidente do Fed.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e prata.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, apesar do otimismo com a reabertura na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,55%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1907 / -1,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,04 / 0,269%
Dólar / Yen : ¥ 136,34 / -1,159%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,589%
Dólar Fut. (1 m) : 5251,91 / -1,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,88 % aa (-1,38%)
DI - Janeiro 24: 13,92 % aa (-0,36%)
DI - Janeiro 26: 12,75 % aa (-1,54%)
DI - Janeiro 27: 12,65 % aa (-1,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,4213% / 112.486 pontos
Dow Jones: 2,1778% / 34.590 pontos
Nasdaq: 4,4085% / 11.468 pontos
Nikkei: 0,92% / 28.226 pontos
Hang Seng: 0,75% / 18.736 pontos
ASX 200: 0,96% / 7.354 pontos
ABERTURA
DAX: 0,429% / 14458,86 pontos
CAC 40: 0,067% / 6743,09 pontos
FTSE: 0,085% / 7579,46 pontos
Ibov. Fut.: 1,10% / 112753,00 pontos
S&P Fut.: -0,09% / 4077,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,255% / 12016,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,25% / 116,34 ptos
Petróleo WTI: -0,17% / $80,41
Petróleo Brent: -0,16% / $86,83
Ouro: 0,50% / $1.779,36
Minério de Ferro: 2,25% / $102,00
Soja: -0,61% / $1.457,00
Milho: -0,42% / $659,25
Café: 0,60% / $167,70
Açúcar: -0,56% / $19,54