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O que significam os cortes de produção sem sentido da Opep+ para o mercado?

Publicado 08.09.2022, 10:23
Atualizado 09.07.2023, 07:31

A Opep+ tentou mostrar força ao mercado com sua decisão de cortar as cotas de produção em apenas 100.000 barris por dia (bpd) em outubro, fazendo o preço do barril de Brent subir quase 4% na segunda-feira. Vale lembrar que segunda foi feriado nos EUA, portanto os mercados do país estavam fechados.

O ponto da Opep, conforme declarações do ministro do petróleo da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, foi mostrar:

“Nossa disposição de usar todos os nossos instrumentos à disposição. Esse simples ajuste mostra que estamos atentos, agindo com atenção e proatividade para estabilizar o mercado, em benefício dos participantes e da indústria”.

Considerando o cenário mais amplo de oferta e demanda, o corte foi absolutamente sem sentido. No mês passado, a Opep+ aumentou suas cotas de produção na mesma quantidade, embora apenas alguns países produtores tenham aumentando a oferta até agora em setembro. Nem todos os membros da Opep+ conseguiram aumentar a produção neste mês e, por isso, o corte das cotas para outubro provavelmente não resultará em uma redução de oferta.

O mercado estava realmente reagindo à ideia de que, em novembro ou dezembro, a Opep+ pode fazer cortes mais significativos nas cotas de 2023. Se a perspectiva econômica piorar, a Opep+ pode tentar evitar aquela queda abrupta de preços que vimos durante a recessão de 2008, dando algum suporte preventivo aos preços do petróleo.

Os operadores também devem encarar o movimento da Opep+ desta semana como uma amostra da influência da Rússia. O insignificante corte fez a cotação do barril de Brent subir para quase US$ 97 nas negociações intradiárias. Quanto mais subir o preço do petróleo, maior será o poder da Rússia sobre a Europa. Com a aproximação do prazo de 5 de dezembro para implementar as sanções dos EUA e da Europa sobre o petróleo da Rússia, Moscou passou a emitir mensagens para a região ocidental do Velho Continente.

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Através da Opep+ e da interrupção dos fluxos de gás natural através do gasoduto Nord-Stream I, a Rússia está mostrando ao Ocidente que a Europa precisa do petróleo e do gás russos mais do que a Rússia precisa vender esses produtos de energia para a Europa.

A dependência europeia aos produtos energéticos russos não pode ser subestimada. Apesar de tentativas de mudar para outras fontes de gás natural, a Europa enfrentará apagões em uma escala economicamente destrutiva neste inverno, se não receber o gás natural da Rússia. Para aliviar essas questões e permanecer uma sociedade industrializada com uma economia viável, os governos europeus serão forçados a subsidiar os custos de eletricidade para seus cidadãos e empresas, o que os fará ficar à beira da insolvência ou os forçará a imprimir dinheiro e arriscar uma disparada da inflação.

A situação pode evoluir de diversas formas, porém a mais provável é que a situação faça com que os políticos da UE orquestrem uma solução negociada para sua disputa com a Rússia (em torno do conflito na Ucrânia) que possa ser considerada como uma “vitória” para a UE. Não importa o que a UE afirme, Putin também reivindicaria uma vitória. As sanções seriam removidas, as tubulações seriam reabertas, e a Europa e a Rússia se aproximariam mais do antes em termos energéticos e econômicos.

Sempre há a possibilidade de que a América do Norte (especialmente EUA e Canadá) revertam as atuais políticas que impedem o desenvolvimento de sua própria produção e transporte de petróleo e gás natural. No entanto, mesmo que as políticas pró-petróleo e de produção de gás natural fossem implementadas amanhã, não chegaria energia suficiente à Europa a tempo de evitar dificuldades econômicas e pessoais significativas para a maioria da população.

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Últimos comentários

Artigo... só óbvio ululante... putz
IRBR3 em momento épico de entrada. Cotação no fundo e aluguel dos papéis pagando mais de 70% ao ano. Setor em recuperação para 3T
OS EUA DIVIDEM PARA CONQUISTAR. SE A RUSSIA ESTIVESSE COM O RESTO DA EUROPA, SERIAM IMBATÍVEIS. ESMAGARIAM OS EUA. FÁCIL. KKKKK
Seria um sonho a Russia se aproximar da Europa. Realmente, o continente precisa estar unido para crescer.
Braba, nunca vi errar, jogadora cara.
Excelente explicação, Ellen!
Bom artigo
ESG Estamos Sem Gás. Essa maldita pauta Globalista verde, Agenda 2030, etc. vc não terá nada e será feliz disse Klaus Schwab. É melhor mudar o slogan: " Você não terá nada e será Infeliz"
Ellen Wald jogando na cara dos politicos q nao querem enxergar o obvio. quem pagara o preco sera a populacao. aqueles q tem menos sofrerao +. PIB caindo e inflacao na estratosfera. governos socialistas destruindo a Europa por dentro. Putin levara essa.
winter is coming
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