Moraes revê decisão sobre IOF para dispensar cobrança retroativa do tributo
Ao que se colocava na noite de anteontem como “um presidente gravado em vídeo pedindo propina” ao que se ouviu ontem, existe uma distância considerável.
Sim, a omissão de Temer perante à confissão de diversos crimes dos irmãos Batista precisa ser investigada e analisada com rigor.
Todavia, ao não se cumprir o que se “prometeu” anteriormente na imprensa, geraram-se perdas enormes no mercado (no mínimo a de tempo) e tem um custo ainda a ser mensurado.
As posições tomadas anteriormente à divulgação da delação estão no escopo da CVM, após novamente serem amplamente divulgadas pela imprensa e se confirmadas, cresce ainda mais a dúvida quanto à validade das benesses recebidas pelos acusadores.
Como disse a série “House of Cards” em seu Twitter ontem, em claro português: “Está difícil competir! ”
CENÁRIO MACROECONÔMICO
A semana deu pouca atenção aos indicadores econômicos locais e internacionais, por motivos óbvios, porém no Brasil, pouco se notou que os mais recentes indicadores de inflação continuam a demonstrar um caminho aberto para um ciclo robusto de corte de juros.
O problema político é exatamente o complicador no processo, em vista aos acontecimentos mais recentes, porém o Banco Central continua a ter em mãos o ferramental necessário para estimular a economia e os motivos também para tal.
Um corte de 125 bp é uma grande dúvida neste momento, porém o futuro das reformas, agora indefinido, pode adiar o processo, mas não cancelá-lo. Portanto, o momento é de aguardar.
CENÁRIO DE MERCADO
O mercado brasileiro não acompanhou a recuperação global, com um pequeno alívio das tensões políticas nos EUA. A abertura é positiva na Europa, puxada por empresas automotivas e a abertura também é positiva nos futuros das bolsas em NY, com o fechamento em alta na Ásia.
O dólar opera em queda desde a abertura contra a maioria das divisas, enquanto o rendimento dos Treasuries registra alta na maioria os vencimentos observados, com estabilidade no 30 anos.
Entre as commodities metálicas, a perspectiva de menor risco reduz a demanda pelo ouro e neste contexto, o minério de ferro reverte a alta da abertura e devolve parte dos ganhos.
O petróleo opera em alta em todas as praças, novamente na expectativa e extensão dos cortes de produção da OPEP. Entre os balanços corporativos, destacam-se Campbell Soup, Deere e Foot Locker.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3758 / 7,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,513%
Dólar / Yen : ¥ 111,37 / -0,108%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,502%
Dólar Fut. (1 m) : 3345,96 / 6,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,08 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,41 % aa (18,16%)
DI - Janeiro 21: 11,39 % aa (18,77%)
DI - Janeiro 25: 11,91 % aa (17,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -8,80% / 61.597 pontos
Dow Jones: 0,27% / 20.663 pontos
Nasdaq: 0,73% / 6.055 pontos
Nikkei: 0,19% / 19.591 pontos
Hang Seng: 0,15% / 25.175 pontos
ASX 200: -0,19% / 5.727 pontos
ABERTURA
DAX: 0,145% / 12607,98 pontos
CAC 40: 0,433% / 5312,63 pontos
FTSE: 0,434% / 7468,72 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 61445,00 pontos
S&P Fut.: 0,254% / 2369,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,209% / 5642,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,66% / 83,97 ptos
Petróleo WTI: 1,16% / $49,92
Petróleo Brent:1,20% / $53,14
Ouro: 0,48% / $1.253,01
Aço: -0,85% / $61,51
Soja: -1,97% / $17,93
Milho: 0,61% / $368,25
Café: 0,50% / $130,35
Açúcar: 0,56% / $16,12