Ontem, o dólar à vista caiu 2,28% fechado cotado a R$ 5,3723 na venda. É a maior baixa percentual diária desde 10 de março de 2021 (-2,39%). A queda da moeda foi ajudada principalmente por investidores realizando lucros depois do dólar renovar máximas em seis meses e à medida em que as atenções se afunilam para a decisão de juros nos Estados Unidos, amanhã.
A volatilidade deve imperar novamente. Após a grande baixa de ontem, vamos ver hoje qual o movimento predominante do dólar.
No cenário doméstico, a queda de ontem foi ajudada pela fala do secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, de que o marco legal vigente hoje não prevê pagamento de Auxílio Brasil de 600 reais no ano que vem. Deu uma aliviada no medo com relação ao estouro no teto de gastos!
Apesar dessa queda pontual, ontem, o componente externo tem tido peso preponderante na formação de preço da taxa de câmbio e a decisão de politica monetária dos EUA amanhã ditará o rumo do câmbio. Quanto a isso, a expectativa majoritária do mercado é que a alta seja de 75 pontos-base, não de 100 pontos-base como chegou a ser a maioria das apostas algumas semanas atrás. O Fed pode elevar os juros em demasia, mas deve ajustar a postura mais adiante, diante dos estragos na atividade. Pelo jeito, o aperto do Fed deve desacelerar a atividade no país, mas uma recessão deve ser evitada.
E, yuhuuu! A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,688 bilhão na quarta semana de julho de 2022. Em julho, o resultado comercial acumula superávit de US$ 5,320 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 39,627 bilhões.
Para hoje, aqui no Brasil, conheceremos o IPCA-15 de julho e nos EUA a confiança do consumidor e vendas de casas novas.
Por enquanto, continuaremos operando na expectativa da decisão do Fed de amanhã. Pelo jeito, já tinha subido demais na expectativa na semana passada, ontem, realizou bem com a queda, e hoje, o que vem pela frente?
Bons negócios, pessoal!