Semana de agenda macroeconômica limitada, porém marcada pela reunião do COPOM, onde projetamos mais um corte de juros para 6,25%, 100 bp abaixo do recorde da gestão anterior do Banco Central e efetivado de maneira concisa e em resposta aos indicadores econômicos.
Com isso, o próximo mandato do BC deverá receber parte dos efeitos do atual ciclo, com tendência de reversão de tal política de afrouxamento em somente meados do próximo ano, também a depender do avanço das reformas estacionadas no congresso.
As ações da equipe econômica no sentido de normalizar a taxa nominal de juros em níveis inferiores à 10% aa têm surtido efeito até mesmo nos vértices mais longos da curva e demonstram que a taxa real de juros de equilíbrio, a qual antes se acreditava ser 3,5% ainda está em aberto.
Falta agora entender como agirá o próximo governo, como buscará as reformas e em que espectro de tempo os resultados serão concretos na economia. Daí a insistência do mercado por um nome reformista, independentemente de partido.
CENÁRIO POLÍTICO
Com campanhas que figuram entre as mais caras do mundo, líderes de partidos brasileiros querem rever as regras de doação de campanha para gerar uma flexibilização.
Entre as “flexibilizações” demandadas está o uso de crowfunding num limite superior ao estabelecido hoje, de R$1000 diários, além do limite de 10% da renda do cidadão como doação por outros meios.
Impressionantemente, o movimento tem apoio de boa parte dos partidos, pois aparentemente, sem uma grande fonte de financiamento, os partidos são incapazes de demonstrar suas ideias à população.
Brasil sendo Brasil. Novamente!
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY sobem, com a volatilidade no preço do petróleo.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo o ocidente.
O dólar opera em queda consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é observada no minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, mesmo com o aumento da extração nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 3,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6002 / 1,41 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,360%
Dólar / Yen : ¥ 109,54 / 0,137%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,421%
Dólar Fut. (1 m) : 3605,54 / 1,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,32 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,29 % aa (0,97%)
DI - Janeiro 21: 8,37 % aa (1,33%)
DI - Janeiro 25: 9,98 % aa (0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,75% / 85.220 pontos
Dow Jones: 0,37% / 24.831 pontos
Nasdaq: -0,03% / 7.403 pontos
Nikkei: 0,47% / 22.866 pontos
Hang Seng: 1,35% / 31.541 pontos
ASX 200: 0,31% / 6.135 pontos
ABERTURA
DAX: -0,366% / 12953,72 pontos
CAC 40: -0,223% / 5529,57 pontos
FTSE: -0,199% / 7709,18 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85585,00 pontos
S&P Fut.: 0,183% / 2734,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,223% / 6975,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,20% / 89,95 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $70,75
Petróleo Brent:0,31% / $77,36
Ouro: 0,01% / $1.319,49
Minério de Ferro: 1,50% / $67,49
Soja: -1,51% / $18,31
Milho: -0,32% / $388,50
Café: -0,90% / $115,25
Açúcar: 0,00% / $11,19