Esta semana, dividiram o espaço no noticiário a Reforma da Previdência e a lista de Janot. A alta dos juros americanos também ganhou destaque.
A discussão sobre a Reforma da Previdência vem ganhando ares de guerra no país. Houve manifestações e paralisações (inclusive de escolas) em cerca de 20 capitais, com quebra-quebra no Distrito Federal. O presidente Michel Temer disse que, sem a Reforma, o país entra em colapso.
A lista de Janot, que já vinha causando apreensão entre políticos, executivos e empresários, foi parcialmente revelada e revela, por sua vez, a extensão da corrupção no país. O procurador da República Rodrigo Janot cita nomes que integram a cúpula do governo e do Congresso, além de líderes partidários.
De acordo com o jornal O Globo, “Janot pediu ao STF a abertura de 83 inquéritos contra importantes políticos de PMDB, PT e PSDB. Dois ex-presidentes, ao menos cinco ministros de Michel Temer e os presidentes da Câmara e do Senado estão na mira. Além dos 83 pedidos contra parlamentares e ministros de Estado, Janot enviou 211 casos nos quais encontrou indícios de irregularidade contra pessoas sem direito ao foro no Supremo. Janot também pediu sete arquivamentos e 19 outras providências — que podem ser, por exemplo, operações de busca e apreensão. No total, foram enviados ao STF 320 pedidos”.
No cenário político, seguem as polêmicas e discussões sobre criminalização do Caixa 2, dependendo da modalidade.
Na economia, as apreensões se voltam para uma possível alta de impostos a ser anunciada na semana que vem, após decisão do STF que retira o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.
Ainda no cenário econômico, alguns bons sinais, entre eles a melhora da perspectiva para o Brasil, de negativa para estável, da agência de classificação de risco Moody’s.
No mercado de trabalho formal, após 22 meses de recuo, cresceu o emprego com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Caged, ligado ao Ministério do Trabalho.
E o leilão de privatização dos aeroportos foi considerado bem-sucedido, com três grupos europeus arrematando os quatro terminais (Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Florianópolis).
Nos Estados Unidos, o Fed, banco central americano, elevou a taxa de juros em 0,25 ponto e sugeriu duas novas elevações, menos do que o mercado esperava.
Na Europa, a Rainha Elizabeth II assinou a lei que autoriza o início do Brexit, ou seja, a saída da Grã Bretanha da União Europeia.
Os mercados globais oscilaram ao sabor dos juros americanos e do petróleo. No Brasil, as incertezas com a Reforma da Previdência e a lista de Janot foram preponderantes.
No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa encerrou em queda de 0,68%. No mercado cambial, o dólar fechou em alta de 0,12%, cotado a R$ 3,11.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.