A expectativa pelas decisões de política monetária rege o mercado financeiro, onde o Banco do Japão já deu a largada com a manutenção dos juros negativos e dos programas de alívio quantitativo, principalmente com a forte queda mensal e anual da produção industrial, ainda que o desemprego tenha caído.
Localmente, os ativos ontem se mantiveram em ritmo reduzido no compasso de espera, com leve alta no Ibov, puxado por ações da Petrobrás, por conta do petróleo em alta e ações de varejistas e consumo, baseados na expectativa pelo corte de juros do COPOM.
As atenções se voltam hoje ao IGP-M no Brasil, com expectativa de redução na comparação com o mês anterior pela redução do impacto no atacado e de combustíveis.
No exterior, o indicador mais importante pré-FOMC é o PCE, deflator trimestral da economia americana e seus núcleos, um dos principais índices observados pelo Federal Reserve para a decisão de juros e pelas projeções, não deve trazer grandes surpresas.
Passada a divulgação dos desagregados do PIB americano, o compasso de espera deve novamente dominar os ativos tanto no Brasil, quanto no exterior, com uma série pesada de balanços.
Na agenda corporativa, localmente CSN (SA:CSNA3), Eletropaulo (SA:ELPL3), Lojas Renner (SA:LREN3), Smiles (SA:SMLS3) e Tim (SA:TIMP3).
No exterior, Apple (NASDAQ:AAPL), Procter & Gamble, Mastercard, Pfizer, Merck, L'Oréal (PA:OREP), BP, Eli Lilly, Sony, ConocoPhillips (NYSE:COP), Bayer, Marsh & McLennan, Sumitomo Mitsui, Nintendo, AMD, Mitsubishi, Electronic Arts (NASDAQ:EA), LG, Akamai e Ajinomoto.
CENÁRIO POLÍTICO
A bola fora de Bolsonaro com o presidente da OAB é a demonstração que o presidente ainda não entendeu a liturgia do cargo que ocupa e o comportamento que o rege.
Ainda que não seja nenhuma surpresa, Bolsonaro perde chances importantes de ‘sair por cima’, pois num contexto de oposição totalmente combalida e sem capacidade de articulação, ele alimenta uma mídia negativa.
O presidente da OAB é ex-filiado do PT e claro opositor do governo, portanto é obvio que ele vai agir agressivamente como tem feito desde que assumiu.
O que não poderia é o presidente ‘descer ao nível’ da agressão verbal, pois se isso sequer vale como retorica de campanha, imagina após o pleito vencido. O problema não é agora, em meio ao recesso.
O problema sempre é no retorno das votações vitais ao Brasil e o quanto isso poderá atrapalhar e mesmo criar ruídos desnecessários.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, na expectativa pela semana de decisões de juros.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a decisão de juros do Banco do Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio.
O petróleo abre em alta, na expectativa pelo rali do Fed.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,57%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7814 / 0,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,045%
Dólar / Yen : ¥ 108,54 / -0,221%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,303%
Dólar Fut. (1 m) : 3784,80 / 0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,44 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 23: 6,30 % aa (-0,16%)
DI - Janeiro 25: 6,85 % aa (-0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,65% / 103.483 pontos
Dow Jones: 0,11% / 27.221 pontos
Nasdaq: -0,44% / 8.293 pontos
Nikkei: 0,43% / 21.709 pontos
Hang Seng: 0,14% / 28.147 pontos
ASX 200: 0,28% / 6.845 pontos
ABERTURA
DAX: -1,323% / 12253,15 pontos
CAC 40: -0,716% / 5560,98 pontos
FTSE: 0,008% / 7687,19 pontos
Ibov. Fut.: 0,35% / 103673,00 pontos
S&P Fut.: -0,175% / 3016,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,372% / 7971,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 79,21 ptos
Petróleo WTI: 0,98% / $57,43
Petróleo Brent:1,15% / $64,44
Ouro: 0,10% / $1.428,25
Minério de Ferro: -0,07% / $120,02
Soja: 0,84% / $15,52
Milho: -0,48% / $414,75
Café: -0,99% / $100,40
Açúcar: 0,33% / $12,13