A preocupação concentrada do Fed com o crescimento econômico sem inflação deve trazer um elemento chave hoje no Payroll. Mais importante do que a criação de vagas é a elevação dos ganhos médios por hora trabalhada.
Projetamos que haja um modesto crescimento de 0,2% para 0,3%, como comumente ocorre nos meses que antecedem as férias de verão nos EUA, mesmo assim, não poderiam ser considerados suficientes para a elevação de juros.
Mesmo assim ela vai ocorrer, pois os temores de que níveis de desocupação abaixo da linha de pleno emprego possam se converter em uma pressão inflacionária no futuro continua em voga.
Localmente, o IPCA deve trazer a primeira deflação desde 2008 para o mês de junho conforme nossa coleta de preços, se unindo a mais um ativo para o corte de 100 bp nos juros por parte do COPOM.
Aliado ao IGP-DI, sobra somente a crise política para deter um avanço ainda mais significativo dos cortes de juros e em vista à resposta da atividade ao afrouxamento já vigente, ao menos a repetição do corte está garantida.
CENÁRIO POLÍTICO
Maia já começa a emitir sinais “presidenciáveis” e ao emitir sinais de que manteria a equipe econômica alivia parte das pressões da uma possível alteração presidencial, a segunda em pouco mais de um ano.
Ao citar também a gravidade das denúncias na proximidade do recesso, próximo às votações, Maia alinha seu discurso para possivelmente assumir a presidência na vacância entre a possível saída de Temer e a eleição indireta.
Mesmo com a coleção de indicadores econômicos mais positivos, aos quais se devem unir as inflações de hoje, a “batata” de Temer aparentemente está assada, pois a base aliada não pretende carregar nas costas o nome do atual presidente para o pleito de 2018, mesmo que se entregue um crescimento econômico.
Ainda assim, com todo este imbróglio, acreditamos na chance de Temer se manter no cargo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria, na expectativa pela reunião de Trump com o presidente russo Putin. Os futuros em NY operam em queda, com os mercados atentos aos dados do mercado de trabalho. Na Ásia, o fechamento na sua maioria negativo, acompanhando o fechamento no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda não é observada somente no minério de ferro enquanto o restante opera em queda.
O petróleo abre negativo em NY e queda em Londres, com o aumento da produção americana.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2984 / 0,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,123%
Dólar / Yen : ¥ 113,71 / 0,433%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,578%
Dólar Fut. (1 m) : 3318,13 / 0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,80 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,74 % aa (-0,23%)
DI - Janeiro 21: 9,96 % aa (-0,20%)
DI - Janeiro 25: 10,70 % aa (-0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,08% / 62.470 pontos
Dow Jones: -0,74% / 21.320 pontos
Nasdaq: -1,00% / 6.089 pontos
Nikkei: -0,32% / 19.929 pontos
Hang Seng: -0,49% / 25.341 pontos
ASX 200: -0,96% / 5.704 pontos
ABERTURA
DAX: -0,197% / 12356,82 pontos
CAC 40: -0,346% / 5134,56 pontos
FTSE: 0,047% / 7340,71 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63044,00 pontos
S&P Fut.: -0,029% / 2407,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,134% / 5604,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,82% / 81,75 ptos
Petróleo WTI: -3,03% / $44,14
Petróleo Brent:-2,87% / $46,73
Ouro: -0,30% / $1.221,55
Minério de Ferro: 0,27% / $62,28
Soja: 0,00% / $18,79
Milho: -0,39% / $378,75
Café: -0,71% / $126,75
Açúcar: -0,93% / $13,79