CENÁRIO MACROECONÔMICO
São nítidos os elementos macroeconômicos para que o BC possa reverter o sinal menos propenso ao afrouxamento da ata da última reunião do COPOM no relatório de inflação, porém fatos novos na política e a instabilidade de reformas podem confirmar o contexto de 75 bp, ao menos no curto prazo, até que surja alguma solução à ausência das reformas trabalhista e previdenciária.
Por mais uma vez, o cenário político tem sua influência negativa na economia e aquilo que poderia se tornar um cenário propenso às reformas necessárias ao avanço do Brasil, esbarram na ânsia de poder.
Dentre as perspectivas mais concretas, estavam as da reforma trabalhista, porém a passagem desastrosa no CAS retira o ímpeto das votações na próxima semana.
No restante, resta ao BC aguardar.
CENÁRIO POLÍTICO
Em última estância, a tendência ainda é de manutenção de Faquin como relator da delação da JBS (SA:JBSS3) e ao mesmo tempo, do conteúdo da mesma, mantendo a tensão sob o cargo de Temer.
Apesar das dúvidas quanto à intensões dos irmãos Batista, principalmente no efeito que as delações têm gerado na demanda pelos produtos da empresa, o contexto dificulta o avanço da figura de Temer como presidente da república.
Jucá aponta que tem certeza da aprovação da pauta no senado, porém esta mesma confiança se mostrou fraca durante a sessão do CAE, o que levará a retaliações do governo aos “aliados”.
O problema político já levou não só à revisão das projeções do mercado financeiro quanto ao crescimento econômico, mas também do Banco Central.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, influenciada pela elevacao global de estoques de petróleo, com os futuros em NY na mesma linha. O fechamento na Ásia foi na maioria negativo também por conta do petróleo, apesar do sucesso da inclusão de ações A da China continental no índice MSCI.
O dólar opera entre queda e estável contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com queda no rendimento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro mantém a alta, com a falta de força do dólar e o minério de ferro retoma as altas, assim como outros ativos do setor.
Após sessões seguidas em queda, o petróleo ensaia recuperação e opera em alta em NY e Londres, apesar da alta significativa dos estoques físicos globais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3358 / 0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,063%
Dólar / Yen : ¥ 111,25 / -0,117%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 3336,63 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,02 % aa (-0,55%)
DI - Janeiro 21: 10,14 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,81 % aa (0,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,01% / 60.762 pontos
Dow Jones: -0,27% / 21.410 pontos
Nasdaq: 0,74% / 6.234 pontos
Nikkei: -0,14% / 20.111 pontos
Hang Seng: -0,08% / 25.675 pontos
ASX 200: 0,71% / 5.706 pontos
ABERTURA
DAX: -0,027% / 12770,79 pontos
CAC 40: -0,315% / 5257,66 pontos
FTSE: -0,381% / 7419,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 61576,00 pontos
S&P Fut.: -0,049% / 2432,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,082% / 5791,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,29% / 79,87 ptos
Petróleo WTI: 0,56% / $42,77
Petróleo Brent:0,94% / $45,24
Ouro: 0,38% / $1.251,26
Minério de Ferro: -0,11% / $54,65
Soja: -1,17% / $17,66
Milho: -0,14% / $368,25
Café: 0,38% / $119,80
Açúcar: 0,15% / $13,08