O mercado ontem praticamente foi pautado pela questão política no meio da tarde, após passar parte da manhã e da segunda metade da sessão seguindo a correção de ativos no exterior.
Ainda assim, o indicador de vendas de imóveis novos nos EUA superou em muito as projeções médias dos analistas, mantendo o forte ritmo observado no mês anterior.
Juntamente ao Black Friday considerado forte para o varejo americano, principalmente pelo potencial de limpar os estoques para as vendas de natal, os indicadores garantiram ao mesmo uma alta no índice Dow Jones.
Localmente, o índice de confiança da FGV divulgado agora pela manhã apresentou alta de 83,7 para 86,8 pontos em novembro, sendo um indicador antecedente importante para o que podem ser as vendas de natal este ano.
CENÁRIO POLÍTICO
Sem grandes surpresas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin é o novo presidente do PSDB o que o leva à uma condução praticamente automática à candidatura à presidência da república.
O claro preferido do mercado financeiro em diversas pesquisas qualitativas e quantitativas, Alckmin traz a vantagem entre seus concorrentes “outsiders” de ser melhor conhecido em nível nacional, por já ter disputado uma eleição e representar o que se pode chamar de centro.
Ainda assim, apesar do ânimo do mercado, a preocupação continua na reforma da previdência, principalmente após o próprio PSDB demandar para que se cedessem em alguns pontos, algo que Meirelles está muito pouco disposto neste momento.
Neste cenário, apesar dos atropelos diversos e do atraso por ele mesmo causado, Maia assume o protagonismo da reforma da previdência, novamente se vendendo como o “cara do mercado” e mantendo o dialogo cada vez mais aberto com Meirelles, o que se choca com a demanda do PSDB.
Como sempre, tudo encaminhado e nada certo no Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY tem alta no S&P, após o Black Friday considerado forte nos EUA, porém o Nasdaq opera entre negativo e neutro.
Na Ásia, o fechamento foi negativo tensões locais e no Japão, ações de empresas de defesa sobem.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam sem rumo concreto em quaisquer vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta é observada somente minério de ferro, em alta no porto de Qindao.
O petróleo opera com perdas em ambas as praças, com o retorno do pipeline de Dakota do Norte dúvidas quanto à efetividade dos cortes prometidos pela OPEP.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2262 / -0,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,076%
Dólar / Yen : ¥ 111,30 / 0,189%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / -0,143%
Dólar Fut. (1 m) : 3223,69 / -0,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,84 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,70 % aa (-0,39%)
DI - Janeiro 21: 9,24 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,45 % aa (0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,13% / 74.059 pontos
Dow Jones: 0,10% / 23.581 pontos
Nasdaq: -0,15% / 6.879 pontos
Nikkei: -0,04% / 22.486 pontos
Hang Seng: -0,02% / 29.681 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.984 pontos
ABERTURA
DAX: 0,419% / 13054,62 pontos
CAC 40: 0,569% / 5390,59 pontos
FTSE: 0,402% / 7413,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74286,00 pontos
S&P Fut.: 0,077% / 2603,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,047% / 6416,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 86,54 ptos
Petróleo WTI: -0,81% / $57,64
Petróleo Brent:-0,97% / $63,22
Ouro: -0,10% / $1.293,24
Minério de Ferro: 0,86% / $63,09
Soja: 0,32% / $18,61
Milho: -0,44% / $337,50
Café: 0,60% / $125,50
Açúcar: -0,39% / $15,22