Mercados Globais
Futuros do S&P em queda diante do resultado trimestral da Apple e outras empresas, além da cautela em relação ao Fed. A Apple registrou uma receita abaixo do esperado pelos investidores, que ainda aguardam resultados do Facebook, Royal Dutch Shell, BlackRock, Société Générale e Air France, após o fechamento dos mercados. A pesada agenda de balanço, junto a reunião do FOMC, deve lidar o ritmo de Nova York e impactar os mercados mundiais. O mercado não possui grandes expectativas de um aumento na taxa de juros, mas espera que haja novas sinalizações de eventuais aumentos.
A variação de empregos ADP, comumente referido como a prévia para o payroll, veio acima do esperado. No mês de abril, 177 mil novos empregos foram gerados, enquanto o mercado aguardava 175 mil. A queda de novos empregos, com pode ser visto no gráfico abaixo, se deve especificamente a desaceleração no setor de construção e varejo.
Bolsas europeias em queda, aguardando ao debate televisivo entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron. Londres (-0,30%), Paris (-0,27%) e Milão (-0,34%) têm as maiores quedas. Londres ainda se preocupa com as repercussões que o Brexit causa: JPMorgan pretende mover seus estabelecimentos para “fora” de Londres, a fim de ganhar melhor acesso aos mercados da União Europeia. Levando em conta que outros bancos como Morgan Stanley (NYSE:MS), Goldman Sachs, Deutsche Bank pensam da mesma maneira, o “Êxodo Bancário” em Londres poderia gerar de 4.000 a 232.000 novos desempregos.
Na Ásia, sentimento dos mercados foi misto, mas Xangai (-0,27%) continua a agravar suas baixas após a renovação de cautela quanto às medidas regulatórias do governo em operações especulativas. O Banco Central da China, em jornal afiliado, publicou comentários a favor de maiores regulações no mercado. Tóquio (+0,70%) e Honk Kong (+0,33%).
Preços do petróleo oscilando bastante, aguardando a divulgação dos estoques de petróleo nos EUA. Tanto o petróleo WTI quanto o Brent subiam fortemente pela madrugada, no entanto, já desaceleraram e permanecem tentando resistir à queda. O petróleo WTI para junho avança 0,40%, a US$ 47,85. O Brent futuro para 2018, cotado pela ICE, está em US$ 51,68. A incerteza sobre o acordo dos membros exportadores de petróleo em reduzir a oferta, ao mesmo passo que países não membros (como os Estados Unidos) aumentam sua produção, torna os preços bastante imprevisíveis e gerando projeções das mais variadas — de US$ 40,00 a US$ 60,00 o barril, dependendo do cenário.
O minério de ferro no porto de Qingdao registrou uma nova queda, permanecendo relativamente estável. Desta vez a queda foi de 0,06%, e a tonelada seca chegou a US$ 68,68.
Brasil
Com a Reforma da Previdência ainda exercendo grande influencia no mercado local, investidores se atentarão aos resultados trimestrais, com destaque para o Itaú (SA:ITUB4). Além do lucro líquido de R$ 6,176 bilhões, o banco registrou uma inadimplência total estável, em relação ao ultimo trimestre; indicadores positivo para a economia. Veja abaixo o calendário de resultados para o dia:
Às 09:00, tivemos a divulgação pelo IBGE da produção industrial cuja queda foi de 1,8% em março. Dos vinte e quatro ramos pesquisados pelo instituto, quinze registraram queda. Nas grandes categorias econômicas, — bens de capital, bens intermediários, bens de consumo — a que teve a pior queda, foi a categoria de bens de consumo duráveis (-8,5%). Houve um recuo expressivo na produção de veículos automotores e de maquinas e equipamentos.
