O IPO, sigla que vem do inglês “initial public offering", significa oferta pública inicial, é um dos eventos mais acompanhados pelos investidores mais experientes e nada mais é do que a abertura de capital de uma empresa na bolsa. Quando uma empresa faz esse movimento ela se financia com o dinheiro pago pelos seus primeiros acionistas em bolsa e esses por sua vez se tornam sócios dessa empresa e podem negociar essas ações com outros investidores dali para frente.
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Então qualquer empresa pode fazer um IPO?
Não é bem assim, a empresa para abrir capital em bolsa necessita de um grau de maturidade mais elevado e os trâmites para que isso aconteça exigem uma certa burocracia. A empresa precisa estar bem situada no mercado, ter processos bem definidos, uma hierarquia bem distribuída e outras práticas bem vistas pelo mercado.
O primeiro passo para que uma empresa passe a ser negociada em bolsa é que ela tenha um planejamento para todo esse trâmite e que seja uma empresa auditada. Uma auditoria nada mais é do que uma empresa terceirizada contratada para analisar os dados financeiros da companhia em questão. Após essa etapa é necessário que seja feito um “Roadshow” para que a empresa seja apresentada ao mercado financeiro de uma forma geral, entre corretoras, bancos de investimentos e investidores. Depois desses passos a empresa deve se registrar e listar na CVM e criar o seu prospecto. Por fim, as instituições financeiras ofertam o ativo para os seus clientes e a demanda por aquele ativo é estimada para que no dia do IPO os clientes tenham as devidas proporções daquela empresa!
Mas como isso pode ser interpretado como um otimismo econômico?
Veja bem, se um mercado está enfraquecido e com muita desconfiança quanto ao seu futuro, a pressão por venda de ativos aumenta frente a pressão compradora e as ações se desvalorizam. É entendido pelo mercado que aquele não é um bom momento para se investir no mercado. Por outro lado, se o mercado está aquecido e os investidores tanto institucionais quanto pessoas físicas estão buscando ativos financeiros mais arrojados é por que a expectativa de crescimento para aquele setor ou mercado é positiva! Todos concordamos que este último cenário é muito mais interessante para uma empresa ofertar as suas ações no mercado e fazer a sua “grande estreia”, do que no primeiro cenário comentado.
Agenda de IPOs!
Tendo em vista o parágrafo anterior, você sabia que em 2021 somando todos os IPO’s que já tivemos as cifras chegam a cerca de R$ 40 bilhões? Em média, a performance do preço do ativo desde a sua abertura de capital gira em torno de 175% de valorização.
Alguns fatores como a retomada da economia, a melhora do cenário global e o avanço da vacinação em massa atraíram investidores domésticos e estrangeiros para a Bolsa.
No total, 44 empresas fizeram IPO no ano que passou.
O grande destaque de 2021 no que diz respeito a IPO foi o do Nubank (SA:NUBR33) (NYSE:NU). O banco digital superou as expectativas do mercado com captação inicial de R$ 14,5 bilhões. Fora isso, o banco digital fez um IPO duplo, na Bolsa de Valores de Nova York, ao criar o Brazilian Depositary Receipts (BDR's) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3 (SA:B3SA3)), com o código NUBR33.
Com captação bilionária, o Nubank se tornou o maior banco da América Latina avaliado em US$ 41,5 bilhões. Esse valor chama a atenção, pois ultrapassa o valor de mercado de instituições tradicionais, como Itaú (SA:ITUB4) e Bradesco (SA:BBDC4).
E aí, você pretende aproveitar essas novas oportunidades em 2022?