A escolha de Jerome Powell para a presidência do Federal Reserve no próximo mandato reforça o plano de Trump de máximo estímulo econômico, sem necessariamente se preocupar com as consequências inflacionárias.
O resultado do Payroll, abaixo das expectativas e o custo de mão de obra estável denota que mesmo o desemprego em queda não gerou grandes pressões de salários, as quais não devem se traduzir como inflação.
Deste modo, o cenário de aperto nos EUA perde força constantemente.
Localmente, a agenda econômica também é fraca, porém conta no final da semana com IPCA e uma pressão sazonal considerável no índice, com alimentos retornando às altas, a mesma pressão observada no IPC-Fipe de outubro, saindo de -0,81% para +0,89%.
CENÁRIO POLÍTICO
Aos que cantam aos sete ventos os versos do golpe, uma notícia. PT deve se unir a diversos partidos “golpistas” para as eleições de 2018 em diversos estados, com diferentes tipos de coligações.
Portanto, a velha política continua a agir e age também, quando precipitadamente, o ministro Meirelles dá informações desencontradas sobre suas pretensões eleitorais para 2018.
O processo de “queima” do ministro começou com o pelotão de choque da imprensa, mesmo com dados errôneos, como a offshore devidamente declarada no imposto de renda de Meirelles. Todavia, o maior problema não é o futuro e sim o presente.
Meirelles sempre teve boa articulação congressual e muitos temem que este avanço eleitoral pode minar parte deste potencial de aprovações e relegar novamente a previdência à uma versão ainda mais reduzida, caso inclusive passe.
A reação dos investidores locais e internacionais foi intensa, o que deve deixar o ministro mais “modesto” nos próximos dias.
A semana começa também com mais um tiroteio nos EUA, com 26 mortos no Texas e a prisão do agora ex-presidente da Catalunha.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa negativa, com os futuros em NY em queda, na ressaca de uma semana de recordes globais. Na Ásia, o fechamento foi negativo na maioria, os investidores acompanhando a visita de Trump à região.
O dólar opera em queda, próximo à estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a alta é generalizada, com o ouro respondendo ao dólar mais fraco.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, com a confirmação em compliance dos cortes de produção pela OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3138 / 1,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,043%
Dólar / Yen : ¥ 114,13 / 0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,191%
Dólar Fut. (1 m) : 3318,16 / 1,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,99 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,93 % aa (0,76%)
DI - Janeiro 21: 9,41 % aa (1,62%)
DI - Janeiro 25: 10,48 % aa (1,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,12% / 73.915 pontos
Dow Jones: 0,10% / 23.539 pontos
Nasdaq: 0,74% / 6.764 pontos
Nikkei: 0,04% / 22.548 pontos
Hang Seng: -0,02% / 28.597 pontos
ASX 200: -0,10% / 5.954 pontos
ABERTURA
DAX: -0,133% / 13460,90 pontos
CAC 40: -0,156% / 5509,38 pontos
FTSE: -0,147% / 7549,21 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74456,00 pontos
S&P Fut.: -0,062% / 2581,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,004% / 6290,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 87,24 ptos
Petróleo WTI: 0,43% / $55,88
Petróleo Brent:0,42% / $62,33
Ouro: 0,09% / $1.271,00
Minério de Ferro: 0,19% / $59,56
Soja: -1,18% / $18,45
Milho: 0,57% / $350,25
Café: -0,73% / $123,05
Açúcar: -0,21% / $14,35