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Raio X Starbucks: Aquisições, Internacionalização e Redução de Custos na Mira

Publicado 20.09.2021, 12:09
Atualizado 09.07.2023, 07:32
Nome: Starbucks Corporation (NASDAQ:SBUX) (SA:SBUB34)

Ticker: SBUX

Fundada em: 1971, por Jerry Baldwin, Zev Siegel e Gordon Bowker

Preço: US$113,41

Valor de mercado: US$133,72 bi

Nada como um tradicional café da manhã americano: ovos mexidos, bacon, panquecas e bastante café muito, mas muito aguado. Presente em milhares de diners espalhados em todo o território dos Estados Unidos, você não vai encontrar nada remotamente similar a isso na maior rede de cafeterias do país e do mundo, o Starbucks.

No lugar dos ovos e bacon entram muffins, bagels e scones, tradicionais de padarias britânicas e nova-iorquinas. O café americano até é uma opção, mas que pode ser substituído por espressos, lattes e frappuccinos, totalmente personalizáveis ao gosto do cliente. Com 50 anos de história, hoje o Starbucks faz parte do cotidiano de milhões de pessoas ao redor do mundo, mas nem sempre foi assim.

De grão em grão

Fundado em Seattle, em 1971, o Starbucks surge para vender grãos premium de café para baristas e aficionados por café da capital de Washington. Como você deve imaginar, o mercado para esse tipo de produto nos anos 70 ainda era muito pequeno, fazendo com que o negócio patinasse durante alguns anos.

O que catapultou a empresa para o sucesso foi a venda da companhia nos anos 80 para o empresário Howard Schultz, que decidiu mudar não apenas o modelo de negócios, com a abertura de franquias, mas também o principal produto, que passaria a ser bebidas quentes e geladas de café. A mudança fez com que o negócio se expandisse, ao ponto de eventualmente a marca do café da sereia ser reconhecida em praticamente o mundo todo.

Se não pode vencê-los…

O mercado de cafeterias, assim como todo o setor de alimentação, tem margens de lucro extremamente atrativas: a margem bruta do Starbucks, por exemplo, é de 28,15%. No entanto, como o valor de cada produto vendido é muito baixo, é necessário vender grandes quantidades para conseguir atingir grandes números de receita. E, para piorar, a barreira de entrada do setor é extremamente baixa, afinal de contas, qualquer um pode vender um pingado ou uma média.

Justamente por isso, as fusões e aquisições foram fundamentais para o crescimento da companhia. Um dos itens de maior sucesso do menu da cafeteria, o frappuccino, veio justamente da aquisição da Coffee Connection, em 1994. A bebida é a mistura de um frappé (leite batido, porém em francês e, por isso mesmo, mais caro) com um cappuccino, resultando em algo que mais parece um milk shake, podendo ter ou não café, além de contar com opções de bases um pouco menos ortodoxas, como o sabor de morango, por exemplo, um dos campeões de vendas da empresa.

Hoje com mais de 32 mil lojas e cerca de 350 mil funcionários em todo o planeta, inquestionavelmente a estratégia de adquirir concorrentes-chave foi um sucesso para a empresa, que espera faturar US$ 29 bilhões no ano de 2021. Porém a empresa deve encontrar grandes desafios para continuar a se expandir globalmente.

Cruzando fronteiras

Se a estratégia de fusões e aquisições foi muito bem-sucedida no mercado americano, ela pode ser difícil de ser replicada em outros países, especialmente em países emergentes como o Brasil, que contam com um mercado muito pulverizado, sem grandes players dominando o setor e operando com grandes cadeias em diversas cidades. E o crescimento em outros países é fundamental para que os planos de expansão da companhia vinguem.

Os Estados Unidos são hoje o principal país para a empresa, concentrando o maior número de lojas, seguido por China, Canadá e Reino Unido. No entanto, se os EUA são hoje o maior mercado da cafeteria, ele não parece oferecer grande oportunidade para crescimento: em 2020, o saldo de novas lojas no país foi zerado, enquanto outros países abriram mais de 1.150 lojas, mesmo em um ano difícil, com lojas fechadas devido à pandemia da Covid-19.

Mesmo com o crescimento, o mercado internacional ainda é pouco representativo para a empresa, respondendo por apenas US$ 6,6 bilhões da receita do ano passado, que foi de US$ 23,5 bi. Um dado positivo é que no mercado internacional o Starbucks conta com maior percentual de lojas franqueadas, o que dilui o risco operacional e garante maior previsibilidade de receitas. O número de lojas franqueadas ainda é muito pequeno, porém, sendo responsáveis por apenas 16% da receita da companhia, enquanto que no caso de outras gigantes do setor de alimentação, como o Mcdonald’s (NYSE:MCD) (SA:MCDC34), esse número chega a 93%.

Cinto apertado

Em 2008 o Starbucks começou a oferecer uma linha de produtos “skinny”, com bebidas com baixas calorias e sem adição de açúcar, mas além de manter seus clientes magros, a companhia tem um compromisso com não deixar outra coisa engordar: seus gastos. Desde 2016, o custo operacional da empresa é de cerca de US$3,8 bilhões por ano, atingindo US$3,9 bi apenas em 2021, crescimento de pouco mais de 2%. Em termos reais, isso é, se considerarmos a inflação do período, o valor é negativo.

A manutenção dos custos em linha com as receitas crescendo cerca de 10% anualmente é uma combinação explosiva, fazendo com que a ação da companhia mais do que dobrasse nos últimos cinco anos. O baixo crescimento dos gastos também possibilitou que a empresa conseguisse sobreviver à pandemia da Covid-19 mesmo tendo fechado muitas de suas lojas devido a lockdowns ao redor do mundo.

Em 2021, o esperado é que as receitas e geração de caixa da companhia já devem atingir novamente níveis recordes, acompanhando a reabertura das economias globais enquanto pessoas saem de casa procurando justamente o que deu fama ao Starbucks: ambientes aconchegantes e cafés de alta qualidade para acompanhar uma boa conversa.

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