A realização de lucros ontem, praticamente generalizada no mercado (com exceção da leve alta no índice Dow Jones) é importante neste momento, pois se baseou na necessidade de correção de ativos per se, sem a busca de elementos externos ou motivos políticos.
Nos EUA, o mercado tem reagido impressionantemente bem ao que se parece o desastre dos 100 primeiros dias de Trump, principalmente ao que cerne informação. Queda de figuras importantes, briga direta com a imprensa, ligações com a Rússia, tudo está na agenda.
Mesmo assim, a realização tem um caráter mais saudável e tende a seguir por hoje, com fechamento negativo na Ásia e abertura na mesma linha na Europa e futuros em NY. O dólar opera em alta consistente em termos globais, reforçado pela queda nos rendimentos dos US Treasurys.
Entre as commodities, o dia só tem como destaque o aço em alta, enquanto o restante opera em queda, em especial o petróleo, mesmo após o anúncio da OPEP de corte de produção.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Entre um cenário em aberto para o corte de juros no Brasil, o qual deve ocorrer na próxima semana em 0,75 pp e uma elevação nos EUA nas próximas semanas, em 0,25 pp, demonstram-se situações diametralmente opostas, obviamente.
Obama deixou um legado mais do que positivo para a nova presidência americana, apesar da negação de Trump, porém embasado nos números que observamos recentemente, tanto de atividade econômica quanto de inflação.
O legado do governo anterior no Brasil pode se traduzir na tal ‘bagunça’, da qual Trump acusa o governo anterior, porém os sinais de confiança melhoram, tanto na indústria, quanto entre os consumidores.
O problema dos índices de confiança é não combinarem com a realidade econômica, portanto, podemos estar próximos à tal virada que o governo tanto anuncia, porém, os números somente revelarão tal cenário ao final do próximo trimestre. Até lá, paciência.
CENÁRIO POLÍTICO
Cada vez mais, as notícias de Temer têm sido acompanhadas do nome de Meirelles. Como citamos anteriormente, o presidente tem noção da queda de sua popularidade e tenta cada vez mais se colar numa agenda positiva, principalmente de anúncios econômicos.
Ao empossar o novo ministro da justiça, alguém fortemente aliado da Lava Jato e admirador de Sérgio Moro, o presidente começa a desconstruir a teoria de que o governo estaria tentando acabar com a operação, deixando esta premissa ao congresso somente, de onde ele pode vetar as ações.
Agora com a escolha de Gastão Toledo para a discussão da reforma tributária, a agenda positiva vai avançando em meio ao lamaçal político.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0898 / 1,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,225%
Dólar / Yen : ¥ 112,90 / -0,300%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,560%
Dólar Fut. (1 m) : 3084,52 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,64 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,16 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 21: 10,34 % aa (0,98%)
DI - Janeiro 25: 10,58 % aa (0,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,24% / 67.814 pontos
Dow Jones: 0,04% / 20.620 pontos
Nasdaq: -0,08% / 5.815 pontos
Nikkei: -0,58% / 19.235 pontos
Hang Seng: -0,31% / 24.034 pontos
ASX 200: -0,18% / 5.806 pontos
ABERTURA
DAX: -0,393% / 11711,02 pontos
CAC 40: -0,817% / 4859,41 pontos
FTSE: -0,186% / 7264,36 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 68905,00 pontos
S&P Fut.: -0,252% / 2339,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,175% / 5291,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,47% / 88,09 ptos
Petróleo WTI: -0,13% / $53,29
Petróleo Brent:-0,11% / $55,59
Ouro: 0,15% / $1.240,86
Aço: 1,90% / $87,35
Soja: -1,45% / $19,76
Milho: -0,94% / $370,00
Café: 1,25% / $146,05
Açúcar: 0,10% / $20,35