A sessão ontem teve novamente forte influência de indicadores micro e macroeconômico contraditórios, num cenário onde a expectativa da recessão supera a expectativa de fim do aperto monetário nas economias desenvolvidas.
Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Meta e Microsoft (NASDAQ:MSFT) superara mais uma vez as expectativas dos analistas na divulgação de seus resultados trimestrais, o que garantiu movimentos positivos na sessão das bolsas de valores, que foram também afetadas por dados nos EUA.
Na linha contrária do que aconteceu na sessão de terça-feira, os indicadores observados ontem superaram as expectativas e registraram melhoras nos estoques ao varejo e atacado, nos pedidos de bens duráveis e o único dado abaixo do projetado foi o de bens de capital, ainda assim melhor que o anterior.
A confusão dos investidores continua, temendo o misto de um cenário inflacionário que ainda carece de controle, assim como uma recessão advinda da tentativa de controle desta mesma inflação.
Não muito diferente ocorre na leitura do IPCA-15, onde mesmo um resultado abaixo da mediana do mercado, 0,57%, porém levemente acima de nossa projeção de 0,55% demonstra que a pressão de núcleos ainda é elevada, mesmo demonstrando uma descompressão em andamento.
O problema de tal descompressão dos diversos núcleos não ocorre na mesma velocidade do índice cheio, claramente afetado pela redução dos custos de alimentos e em menor relevância, de transportes e neste momento, as atenções do Banco Central se concentram exatamente nos núcleos.
Dos itens que analisamos, a descompressão anual ocorreu com maior intensidade em alimentação no lar, como citamos anteriormente, beneficiadas por uma safra intensa, pluviosidade ideal nas áreas corretas e ocorrência de tais eventos no continente americano quase como um todo, com exceção do sul da América do Sul.
Já itens como EX0 (7,1% aa), EX3 (8,9% aa), Serviços (7,6% aa) e Industrial (6,5%) não compensaram a redução de alimentos para 5,8% aa e a média do BC em termos inflacionários continua forte aos 7,5%, ou seja, zero chance de corte de juros.
Atenção hoje aos dados do PIB nos EUA, mercado imobiliário e seguro-desemprego, enquanto no Brasil com IGP-M, volume do setor de serviços e fiscal.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os resultados de Barclay’s na Europa e de Meta nos EUA, além da expectativa por dados americanos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, atentos à primeira reunião de política monetária de Ueda.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, queda no minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com um suporte técnico mais forte, após as perdas recentes.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,045 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,054%
Dólar / Yen : ¥ 133,71 / 0,090%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,217%
Dólar Fut. (1 m) : 5051,50 / -0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,22 % aa (0,31%)
DI - Janeiro 25: 11,85 % aa (0,26%)
DI - Janeiro 26: 11,59 % aa (-0,16%)
DI - Janeiro 27: 11,71 % aa (-0,36%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8797% / 102.312 pontos
Dow Jones: -0,6828% / 33.302 pontos
Nasdaq: 0,4677% / 11.854 pontos
Nikkei: 0,15% / 28.458 pontos
Hang Seng: 0,42% / 19.840 pontos
ASX 200: -0,32% / 7.293 pontos
ABERTURA
DAX: 0,076% / 15807,65 pontos
CAC 40: 0,361% / 7493,63 pontos
FTSE: 0,021% / 7854,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,84% / 104015,00 pontos
S&P Fut.: 0,44% / 4094 pontos
Nasdaq Fut.: 0,832% / 12976,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 103,26 ptos
Petróleo WTI: 0,08% / $74,36
Petróleo Brent: 0,19% / $77,84
Ouro: 0,43% / $2.000,33
Minério de Ferro: -1,31% / $103,80
Soja: -0,33% / $1.430,50
Milho: -0,04% / $640,00
Café: 1,77% / $195,85
Açúcar: 0,68% / $26,72