Anunciado novo recorde na balança comercial do Brasil (exportações - importações) no acumulado de jan-set/17 (US$ 53,3 bi). Devemos comemorar?
O gráfico abaixo da balança comercial está promissor, mas nem tanto assim:
(1) apesar do real ter se valorizado em relação ao ano passado, temos uma alta dependência do câmbio para "vender barato" ao mundo e do aumento do preço das commodities para termos lucro, e não porque somos mais produtivos que os demais países (tais como China, Japão e EUA);
(2) as importações ainda são tímidas (a mais relevante é de insumos industriais, e a indústria ainda está com elevada capacidade ociosa e à espera de um cenário mais seguro para 2018), o que favorece o cálculo da balança hoje;
(3) ainda não passamos a exportar produtos ou serviços de valor agregado (no ranking, temos minério de ferro, açúcar bruto e agrícolas). Mesmo com o esforço no equilíbrio macroeconômico, precisamos rever a nossa produtividade e gasto público eficiente, incluindo tecnologia/inovação, educação e infra, dentre outros.