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Resultados da Starbucks Parecem Fortes, mas Há Pouco Espaço para a Alta

Publicado 18.01.2019, 04:36
Atualizado 02.09.2020, 03:05

- Os resultados serão divulgados na quinta-feira, 24 de janeiro, após o fechamento do mercado;
- Expectativa de receita: US$ 6,49 bilhões;
- Expectativa de lucro por ação: US$ 0,65.

De maneira geral, poderia parecer que não há muito com o que se preocupar com a Starbucks (NASDAQ:SBUX) antes da divulgação dos seus resultados no primeiro trimestre fiscal na próxima semana. Em sua maioria, os analistas estão otimistas com essa rede de cafeterias depois que ela superou as expectativas no último trimestre, escapando da queda em seu mercado doméstico. As vendas comparáveis, importante indicador do desempenho de qualquer varejista, estão retornando nos EUA.

A fabricante dos populares Frappuccinos e Pumpkin Spiced Lattes também está se expandindo mundialmente, principalmente na China, que está no centro da sua estratégia de crescimento global.

Starbucks Gráfico Semanal

Mas um ponto de atenção que estamos vendo nessa perspectiva otimista em geral é que a maioria das boas notícias já está precificada no valor das ações. Os papéis subiram forte e atingiram o recorde de US$ 68,98 depois dos resultados do último trimestre e não há, no curto prazo, outros fatores capazes de fazê-los subir ainda mais, a menos que os números do 1T mostrem uma drástica mudança.

As chances de uma grande surpresa positiva são pequenas. A Starbucks, assim como muitas empresas de alimentos e bebidas, está enfrentando um período cíclico de baixa no qual os consumidores estão se afastando das bebidas prejudiciais à saúde.

Os volumes de cerveja nos EUA caíram 1,5% em 2018, em comparação com o declínio de 1,1% em 2017, e o crescimento do vinho e destilados desacelerou, de acordo com dados compilados para jornal The Wall Street Journal pela IWSR, empresa que acompanha o setor.

Menos locais para crescer

Não é fácil emergir com força dessa desaceleração que envolve toda a indústria, principalmente para a Starbucks, que atingiu um ponto de saturação em seu mercado doméstico e enfrenta a concorrência de players menores que estão em posição muito melhor para oferecer café e rosquinhas a custos muito menores.

É por essa razão que o crescimento comparável das vendas nos EUA desde 2015 foi em média menos da metade do que nos três anos anteriores. O único grande fator de crescimento que ainda não foi explorado é a China, onde a empresa está tentando a todo custo conquistar mais clientes.

O quarto trimestre mostrou que aquele mercado tem potencial. As vendas comparáveis na China ficaram positivas, mais cedo do que muitos analistas previam. Esses resultados podem continuar melhorando à medida que a Starbucks expande sua parceria de entregas com a Alibaba (NYSE:BABA).

Mas a deterioração dos laços entre os EUA e a China em razão da escalada da guerra comercial traz um grande risco a todas as empresas que consideram o mercado chinês uma parte importante da sua estratégia de crescimento. A Apple (NASDAQ:AAPL) cortou recentemente sua previsão de vendas, culpando principalmente a diminuição da demanda chinesa.

Com a nossa posição de cautela com a Starbucks, não queremos reduzir a importância do sucesso parcial da estratégia de recuperação da companhia. Os resultados do primeiro trimestre marcarão dois trimestres completos em que o CEO Kevin Johnson lidera a companhia depois da aposentadoria do antigo líder, Howard Schultz, que deixou a presidência do conselho em junho.

Sob a direção de Johnson, bastante focada em dados, a Starbucks está tentando oferecer aos clientes o que eles querem, ao compreender melhor seu comportamento na hora de fazer os pedidos. A Starbucks lançou recentemente seu aplicativo móvel de pedidos, que atraiu 4 milhões de novos clientes cadastrados digitalmente no trimestre passado. O número de clientes cadastrados em seu programa de fidelidade também está crescendo, com 15,3 milhões de membros ativos nos EUA, uma alta de 15% em comparação com o ano passado.

Dito isso, também temos a visão de que será praticamente impossível para a Starbucks retornar à trajetória de crescimento de quando conseguiu aumentar suas receitas a uma taxa de mais de 20% por vários anos. Em vez disso, consideramos que a companhia está entrando em um período de desaceleração do crescimento, durante o qual continuará trazendo retorno financeiro aos investidores.

Os investidores raramente encontram uma ação que renda mais de 2% e ofereça um crescimento tão impressionante de dividendos. Nos últimos três anos, a Starbucks entregou um crescimento médio de dividendos por ação de cerca de 25%. Com um payout ratio mediano de cerca de 42% nos últimos quatro anos, não parece que o ritmo de retorno financeiro vai desacelerar no curto prazo.

Resumo

A Starbucks é uma boa ação geradora de caixa, e os investidores que buscam renda devem aproveitar qualquer fraqueza no preço de suas ações na semana que vem, após a divulgação dos resultados. As ações da Starbucks são negociadas a um valuation bastante razoável e, com o agressivo plano de recompra de ações da companhia e o robusto crescimento dos seus proventos, a empresa oferece uma boa equação de risco-retorno para investidores de longo prazo.

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