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Publicado 05.07.2021, 08:57
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Na semana passada o mercado fechou em boa alta, mas cauteloso, diante dos acontecimentos na “seara política”. A CPI da Covid segue capitalizando as atenções, tivemos o super pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro e a abertura de inquérito, por parte da Procuradoria Geral da República. Serão estes fatos, aliás, a nortearem os mercados nesta semana.

Na agenda econômica estejamos atentos aos dados de vendas de varejo pela PMC do IBGE, o IPCA e o debate em torno das reformas. No exterior, atenção para a ata do Fomc, os PMIs e os vários balanços corporativos.

Na semana passada, os dados da CAGED vieram positivos, com geração de 281 mil vagas formais em maio, quinto mês seguido na geração líquida positiva de vagas e décimo mês positivo em 11 meses, consolidando uma tendência de recuperação iniciada em meados do ano passado. Por outro lado, pelo IBGE, a taxa de desemprego da PNAD Contínua se manteve elevada, em 14,7% da PEA na média dos três últimos meses, o maior nível registrado desde 2012, quando do início da pesquisa.

Estes dois levantamentos, CAGED e PNAD Contínua do IBGE, aliás, trazem diferenças, como o primeiro só mostrar pessoas com carteira assinada contratadas, conhecidas como “formais”, enquanto o segundo mostrar também pessoas na informalidade, procurando emprego formal, ao contrário daquelas que “desistem”, em “desalento”.

Na bolsa de valores doméstica, sexta-feira (02) foi dia de alta, com o Ibovespa avançando 1,56%, a 127.621 pontos, impulsionado pelos bons ventos de Wall Street, depois dos dados “favoráveis” do mercado de trabalho norte-americano. Destaquemos que esta alta de sexta-feira acabou zerando as perdas da semana, acumulando 0,29% de alta. As três semanas anteriores haviam sido de queda. No ano, o índice do B3 (SA:B3SA3) acumula 7,23%, em alta de 0,65% neste início de julho.

Na geração de empregos urbanos dos Estados Unidos, pelo payroll de junho, foram 850 mil vagas a mais, 150 mil acima do esperado. Já os ganhos salariais e as horas trabalhadas acabaram abaixo do projetado, com a taxa de desemprego a 5,9% da PEA, pelo aumento de pessoas procurando vagas. Estes dados acabaram importantes, por reduzir a pressão sobre os receios com a inflação, permitindo a queda dos juros longos norte-americanos. O rendimento dos Treasuries de dez anos caiu de 1,48% ao ano na quinta-feira para 1,431% no fim da tarde de sexta, bem abaixo do 1,54% do fim da semana anterior. Decorrente disso, as bolsas de valores de NY fecharam em alta e o dólar recuou no exterior, com o índice DXY perdendo 0,38% no dia e reduzindo a alta na semana para 0,43%.

Já no Brasil, o dólar, depois da forte alta no dia anterior, abriu em queda na sexta-feira (dia 02), oscilou 10 centavos, entre a máxima de R$ 5,07 e a mínima de R$ 4,98, para fechar em suave avanço de 0,15%, a R$ 5,0569. Na semana a alta foi de 2,34%. 

Nos eventos políticos em destaque, o pedido de inquérito na PGR se justificaria pela suspeita de prevaricação no caso das negociações da vacina Covaxin da Índia. Desgastam também as negociações denunciadas pelo “negociador”, o PM Luiz Paulo Dominguetti, do pedido de propina de um dólar por dose para a Astra Zeneca. Para piorar, tivemos fortes manifestações contrárias ao governo pelas ruas nas principais capitais do País neste fim de semana.

 
O receio aqui é de que estes “bodes na sala” acabem por paralisar ainda mais o governo, atrasando as reformas e passando a operar no “modo sobrevivência”. Na reforma tributária, para muitos, meio que uma forma de arrumar um jeito para cobrir as despesas crescentes dos últimos meses, o debate se descola para a redução maior do IRPJ ainda neste ano, visando compensar o aumento da tributação sobre dividendos e o fim dos juros sobre capital próprio (JCP). 
 
Nesta segunda-feira, o mercado deve operar “esvaziado” pelo Dia da Independência nos EUA, dia 04, ontem, mas com feriado hoje. 
 
No mercado de ações, diante das turbulências políticas, a semana que se inicia será marcada pela volatilidade, em movimentos mais conservadores dos investidores no curto prazo. 
 
Segundo pesquisa Broadcast, 15,4% acreditam em queda, 46,1% em alta e 38,4% em estabilidade. Na semana anterior eram 50% entre estabilidade e alta. Nos EUA, mesmo com os sinais mistos no mercado de trabalho, a visualização é de melhoria, o que deve reforçar o debate em torno da retirada dos estímulos monetários do Fed. Estejamos atentos à ata do Fed nesta semana, quando teremos novos elementos para avaliar os próximos movimentos do banco central norte-americano. Na ata anterior, a maioria dos diretores passou a prever duas elevações da taxa básica de juros em 2023. 

Na reunião da Opep, a terminar nesta segunda-feira, ainda não foi solucionado o impasse entre os Emirados Árabes e os demais membros do grupo, sobre a extensão do corte na produção até fins de 2022. 

Três possibilidades estão na mesa: (1) mais conversas e finalmente resolução; (2) manter os tetos atuais, sem aumento de produção em agosto; e (3) uma análise da coesão Opep. 

Antes dos Emirados Árabes gerarem o impasse atual, havia na Opep um acordo pelo aumento da produção em 400 mil barris ao dia, entre agosto e dezembro, para reduzir o preço do petróleo em meio ao ambiente atual de reaquecimento da economia global. Mais uma reunião é esperada nesta segunda-feira, as 15 horas, horário de Viena, para se tentar um consenso. 

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