No fechamento da semana passada, as divisas emergentes e de países exportadores de commodities subiram em bloco frente ao dólar. O dólar à vista fechou a semana cotado a R$ 4,9436 com um bom apetite a risco no exterior a disparada de ações de bancos médios americanos. Houve entrada de fluxo (comercial e financeiro) para ativos locais e desmonte de posições cambiais defensivas no mercado futuro.
Os números do payroll fortes mostraram resiliência da economia americana ao aperto monetário. Apesar disso, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, minimizou o estresse no sistema bancário e disse que o cenário-base da instituição não é de recessão, mas de "pouso suave" da economia americana -- e afirmou não acreditar que o mercado de trabalho aquecido se traduz necessariamente em alta da inflação.
Na política, o presidente Lula voltou a atacar em Londres a taxa básica de juros da economia e repetiu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tem compromisso com o Brasil. A nova bateria de críticas por parte de Lula acontece depois que o Bacen decidiu na quarta-feira manter a Selic em 13,75% ao ano, sem sinalizar um possível corte futuro da taxa básica conforme tem sido cobrado pelo presidente e outros integrantes do governo. O BC reiterou que não hesitará em retomar o ciclo de aperto monetário se necessário, apesar de ponderar que um cenário de novos aumentos nos juros agora é “menos provável”. Neste semana conheceremos a Ata do Copom e vamos ver como vem o tom do comunicado.
Para hoje, no calendário, teremos no Brasil o Boletim Focus; na Europa, a Confiança do Investidor e o pronunciamento de Lane, do BCE. Nos EUA, a expectativa de Inflação ao Consumidor.
Ótima semana e muito lucro!