O crescimento da volatilidade foi a marca dos ativos de mercado financeiro na semana anterior, quando supostamente se deflagraria uma correção mais intensa dos ativos, em resposta à leitura de que o Federal Reserve anteciparia o processo de normalização de juros e retirada dos estímulos.
Tal premissa se mostra sem aderência à realidade temporal para se assumir que a autoridade monetária americana estaria compelida a mudar de opinião, pois alguns membros citaram desconforto com os atuais níveis de preço.
Eis o ponto. Os atuais níveis de preço poderiam estar compelindo um número maior de formuladores de política monetária a repensar como estão os atuais níveis de juros e estímulos no mundo, como fez o Banco Central brasileiro e não maneiras de incrementá-los, como se propõe o Fed.
A inflação de ativos causada pela enxurrada de recursos na economia americana e global e a pressão de salários causada por programas de auxílio à pandemia nos EUA está aí e o desconforto de parte dos membros do Fed não vai mudar o fato de que existe uma política em andamento da implantação de novos estímulos, alguns pesados de infraestrutura.
Portanto, não faz parte da atual política do governo americano e de sua equipe econômica retirar os estímulos os quais os mesmos citam como necessários a combater os efeitos da pandemia, ainda que os indicadores econômicos sejam continuamente robustos.
Não é um Payroll de quase 300.000 vagas criadas, considerado ‘fraco’, que justificaria a manutenção e exacerbação de estímulos, mas é a desculpa perfeita neste momento ao governo americano. Em resumo, o tapering não vem tão cedo.
Localmente, como já citamos recentemente, fontes indicam que o governo deva propor uma nova PEC para prorrogar o auxílio emergencial, até mesmo como arma política em regiões mais pobres do país, em meio à queda de popularidade do presidente, dada a pandemia.
Também em meio à continuidade da pandemia, o governo emite sinais de intervenção nos preços de combustíveis para agradar os caminhoneiros e o mesmo pode se repetir em setores que apoiam ao governo, para total desespero da equipe econômica, tendo que lidar com mais um gasto, com o governo afundado no ‘cheque especial’.
Na agenda macroeconômica destacam-se custos de construção e atividade nacional do Fed de Chicago.
A semana conta com dados fiscais, do setor externo, IGP-M e IPCA-15 no Brasil e no exterior, destaque ao PIB americano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após uma semana de correções nas bolsas internacionais.
Em Ásia-Pacífico, mercados em parte positivos, cautelosos com a pandemia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro e prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após temores com Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,25%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3662 / 1,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,172%
Dólar / Iene : ¥ 108,87 / -0,046%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,163%
Dólar Futuro (1 m) : 5355,42 / 1,35 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,00 % aa (-0,99%)
DI - Janeiro 23: 6,75 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 8,18 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 27: 8,76 % aa (-0,68%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0883% / 122.593 pontos
Dow Jones: 0,3629% / 34.208 pontos
Nasdaq: -0,4784% / 13.471 pontos
Nikkei: 0,17% / 28.365 pontos
Hang Seng: -0,16% / 28.412 pontos
ASX 200: 0,22% / 7.046 pontos
ABERTURA
DAX: 0,438% / 15437,51 pontos
CAC 40: 0,135% / 6395,01 pontos
FTSE 100: 0,414% / 7047,12 pontos
Ibovespa Futuros: -0,04% / 122798,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,058% / 4151,80 pontos
Nasdaq Futuros: 0,574% / 13494,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,01% / 90,89 ptos
Petróleo WTI: 1,53% / $64,84
Petróleo Brent: 1,75% / $67,70
Ouro: -0,09% / $1.881,91
Minério de Ferro: -1,60% / $209,13
Soja: -0,95% / $1.513,75
Milho: -2,05% / $647,50
Café: -0,63% / $149,35
Açúcar: -0,72% / $16,5