O fim de novembro e início de dezembro tiveram sessões de forte volatilidade, com agenda macroeconômica pesada e indicadores que mexeram com os mercados em todas as direções.
O mercado local aguardava uma produção industrial positiva e foi surpreendido com uma queda para o mês de outubro, o que, juntamente ao PIB também negativo, suscitou a perspectiva de uma possível mudança de postura por parte do COPOM, a partir das reuniões de 2022.
Nos EUA, o Payroll abaixo das expectativas não foi suficiente para mudar o cenário de tapering, pois além do desemprego em queda, cada vez mais se aproximando da zona de pleno emprego, os dados do setor privado, de certo modo mais adiantados do que o dado estatal foram muito positivos.
Deste modo, o mercado se manteve tenso, porém manteve a premissa de um contexto de normalização dos juros nos EUA e localmente, de possível mudança da postura ultra-hawkish do Banco Central, ao menos sepultando a possibilidade de uma elevação de juros maior do que os 150 bp contratados, como ocorreu em diversas ocasiões no passado.
Nesta semana, o foco fica pelas inflações no Brasil e no mundo, onde o IPCA deve continuar com uma série de pressões, em partes concentrado em transportes, porém com perspectivas de alívio, parte das quais já deveriam ter se concretizado, em vista aos elementos de contração de preços.
Entre os alívios estão alimentos, com a melhora da oferta local de proteínas, melhoras nas chuvas, beneficiando culturas frescas e diversas safras sazonais, a mesma chuva que elimina a possibilidade de mudanças nas bandeiras tarifárias e beneficia habitação, além da queda do preço do petróleo, a qual ainda não se refletiu nos combustíveis, dado em partes à volatilidade do câmbio.
Ainda assim, além do ajuste parcial em andamento da cadeia de suprimentos na Ásia, a tendência seria de que os índices dos meses anteriores sejam considerados o pico da inflação atual, o que também pode contribuir para um alívio das perspectivas de política monetária do COPOM nesta quarta-feira.
Nos EUA, o CPI não deve contar a mesma história e a pressão ainda vigente de preços, a maior em décadas deve preservar o cenário de retirada de estímulos.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com zero mortes até o momento com a variante Ômicron.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, mesmo após a redução em 50 bp do compulsório na China, de forma a aumentar a liquidez.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, após a elevação de preços no geral dos Sauditas.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,77%.
Câmbio
Dólar à vista: R$ 5,653 / 0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,203%
Dólar / Iene : ¥ 113,24 / 0,177%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 5685,73 / 0,01 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 10,88 % aa (-1,76%)
DI - Janeiro 23: 11,31 % aa (-2,33%)
DI - Janeiro 25: 10,89 % aa (-3,29%)
DI - Janeiro 27: 10,96 % aa (-2,75%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5777% / 105.070 pontos
Dow Jones: -0,1724% / 34.580 pontos
Nasdaq: -1,9234% / 15.085 pontos
Nikkei: -0,38% / 28.030 pontos
Hang Seng: -1,34% / 23.767 pontos
ASX 200: -0,13% / 7.241 pontos
ABERTURA
DAX: 0,191% / 15198,91 pontos
CAC 40: 0,392% / 6792,04 pontos
FTSE 100: 0,793% / 7178,77 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,89% / 105460,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,25% / 4548,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,076% / 15689,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,36% / 95,45 ptos
Petróleo WTI: 2,11% / $68,04
Petróleo Brent: 1,92% / $71,60
Ouro: 0,01% / $1.780,57
Minério de ferro: 1,57% / $101,49
Soja: -0,02% / $1.261,75
Milho: -0,26% / $585,50
Café: 2,78% / $244,05
Açúcar: 0,70% / $18,78