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Semana tem Crédito, Contas Externas, Arrecadação, Emprego, IGP-M e Balanços

Publicado 23.04.2018, 09:14
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A agenda econômica local traz dados importantes na semana, com destaque para crédito, contas externas, mercado de trabalho e indicadores de confiança. De terça a quinta-feira, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga sondagens ao consumidor, construção, comércio, indústria e serviços, que ajudam a acompanhar a percepção e o humor dos agentes econômicos com o desempenho desses segmentos. Devem sair ainda, sem data definida, dados de arrecadação federal, ambos relativos ao mês de março. E começa para valer a temporada de balanços do primeiro trimestre.

Na quarta-feira, o Banco Central apresenta a Nota do Setor Externo relativa a março, com informações sobre balanço de pagamentos, transações correntes, investimento estrangeiro direto e, na quinta-feira, informações sobre estoque de crédito e taxas de inadimplência da pessoa física do mês passado.

A semana fecha com apresentação, na sexta-feira, pelo Tesouro Nacional, de dados da dívida pública de março; informações sobre emprego da PNAD Contínua (IBGE) e o anúncio pela FGV do IGP-M de abril, que corrige contratos de aluguel, planos de saúde antigos e tarifas públicas.

Prossegue também na semana que vem a temporada de balanços do primeiro trimestre deste ano, com destaque para Santader Brasil na terça-feira e Telefônica (SA:VIVT4) do Brasil e Fibria (SA:FIBR3) na quarta-feira e Bradesco (SA:BBDC4) , Klabin (SA:KLBN11) e Suzano (SA:SUZB3) na quinta-feira.

De olho na atividade econômica dos EUA e na reunião do Banco Central Europeu

Na pauta internacional, a agenda terá entre os principais destaques os dados sobre imóveis, confiança e PIB nos EUA, enquanto na Europa as atenções se concentram na reunião, prevista para quinta-feira, do Banco Central Europeu, e nos indicadores de confiança.

Analistas da Rosenberg Associados lembram em relatório que, com o programa de recompra de ativos dos bancos, programado para até setembro, o BCE observa o paradoxo do fortalecimento da atividade econômica com ausência de pressão inflacionária. “Ainda assim, vai se fortalecendo a chance de que (o BCE) pare a compra de ativos em setembro – pouco provável nesta reunião, mas deve retirar a possibilidade de comprar além de setembro, conforme vai diminuindo a necessidade de mais estímulo”, destaca a equipe da consultoria.

Para Depec-Bradesco, crescimento anual nos EUA deve ficar acima de 2%

A equipe do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas (Depec) do Bradesco também dá destaque tanto para a divulgação do PIB nos EUA e no Reino Unido como para a prévia dos índices de gerentes de compras (PMI) de abril. Ambos os indicadores de PIB, segundo relatório do Depec, devem reforçar a dinâmica positiva do primeiro trimestre. “Para os EUA, esperamos crescimento acima de 2,0% em termos anualizados. Já para o Reino Unido, a alta deverá ser próxima de 1,6%, também em termos anualizados.”

Além disso, destacam os analistas, as atenções estarão voltadas para a prévia dos índices PMI de abril tanto na Europa como nos EUA. Para o Depec-Bradesco, os indicadores podem trazer alguma informação a respeito da dinâmica inicial da atividade no segundo trimestre, provavelmente mais moderada, após os conflitos comerciais e o frio intenso nos EUA.

Eleição presidencial domina a pauta na política e quadro segue indefinido

Na cena política, as articulações nos partidos visando a eleição presidencial e os desdobramentos políticos das denúncias envolvendo o PSDB, principalmente contra o senador Aécio Neves (MG) e as investigações do Ministério Público Federal sobre o ex-governador Geraldo Alckminin, devem continuar concentrando as atenções ao longo da semana. Como ainda é período pré-eleitoral, com diversos nomes lançados, o cenário se mantém instável, muito influenciado pelas ações e decisões do Judiciário e do Ministério Público.

Joaquim Barbosa ganha maior visibilidade e atenção de adversários

Surpresa na última pesquisa Datafolha, despontando com até 10% das intenções de voto, o possível candidato do PSB à Presidência, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (SFT) Joaquim Barbosa, começa a ter maior visibilidade na mídia e já desperta a atenção dos adversários. Ele precisa, porém, ainda vencer resistências dentro do próprio partido, que está dividido entre ter um candidato único e fazer coligações regionais para garantir o poder nos Estados. Barbosa também tem demonstrado seu temperamento difícil já nas primeiras entrevistas, o que pode reduzir o entusiasmo do PSB em bancar sua candidatura sob o risco de ser deixado de lado após a eleição.

Alckmin: denúncias e disputa interna geram clima desfavorável

Um dos mais atingidos com a ascensão do ex-presidente do STF, Geraldo Alckmin, do PSDB, tende a se manter no noticiário, de forma mais negativa que positiva, ainda por conta da repercussão da denúncia contra Aécio Neves por corrupção e obstrução da Justiça, além de denúncias contra o próprio ex-governador por suspeitas de caixa dois em duas campanhas ao governo paulista (2010 e 2014). Somam-se ao quadro as investigações sobre pagamento de propina nas obras do metrô e do Rodoanel em governos tucanos.

Alckmin tem ainda a atenção voltada para o pré-candidato dos tucanos ao governo do Estado, João Doria, que já polariza a disputa com o governador Márcio França (PSB). A possível aproximação de Doria com o empresário e presidenciável do PRB, Flávio Rocha, segundo informação da Folha de S.Paulo, pode ser outro ingrediente negativo na caminhada do tucano rumo à Presidência.

Consultoria estima taxa de desemprego em 12,9% no primeiro trimestre

Dando continuidade ao movimento de melhora em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, porém com piora na variação mensal, a projeção da Rosenberg Associados é que a taxa de desemprego alcance 12,9% no primeiro trimestre. A partir de abril, destaca a equipe em relatório, a tendência e sazonalidade devem colaborar para a queda da taxa de desemprego.

Contas externas: tendência de leve déficit

Para as contas externas, a projeção da Rosenberg para o saldo de transações correntes do país em março é de leve déficit, resultado pior que o superávit de US$ 1,4 bi de março do ano passado, dado início do movimento de aprofundamento do déficit em conta corrente (em linha com a redução do saldo comercial, que passou de US$ 6,9 bi em mar/17 para US$ 4,9 bi em mar/18) e refletindo a melhora da atividade econômica. “Para o IDP (Investimento Direto no País), esperamos US$ 4,5 bilhões”, ressaltam.

Indicadores fiscais devem trazer sinais positivos

Já em relação aos indicadores fiscais, também de março, a equipe da RA ressalta que, como o mês apresenta resultado sazonalmente menor, a estimativa é de arrecadação federal de R$ 106,4 bilhões. “Se confirmada, será uma continuidade dos sinais mais animadores da economia nos últimos meses, com destaque para os impostos relacionados à atividade econômica.” Na comparação acumulada em 12 meses em termos reais, o dado de março representaria crescimento de 2,8%.

A equipe do Depec-Bradesco, por sua vez, afirma que, no lado fiscal, a expectativa é de “continuidade de recuperação das receitas e dinâmica contida das despesas”.

Numa análise mais geral, os economistas do banco ressaltam esperar por “cenário de inflação comportada, melhora do mercado de crédito, balanço de pagamentos ajustado e dados correntes de contas públicas marginalmente melhores”.

IGP-M mensal poderá ter desaceleração em relação a março

Para o IGP-M de abril, o Bradesco projeta alta de 0,54%. O indicador, na avaliação do banco, deverá mostrar desaceleração do IPA (Índice de Preços do Atacado) agrícola e dinâmica contida do núcleo do IPA industrial. “Ainda teremos a decisão de bandeira tarifária de energia para maio: esperamos alteração de verde (sem custos) para amarela (R$ 1,0 a cada 100kwh)”, completam.

A estimativa da Rosenberg para o IGP-M é variação de 0,42%, menor que a do mês anterior, de 0,64%. Na comparação em 12 meses, a inflação deve seguir acelerando, de 0,20% para 1,73%. De volta à comparação mensal, o destaque vai para o arrefecimento do IPA que, a despeito da aceleração observada nos grãos, deve refletir a deflação no minério de ferro. “Em movimento oposto, o IPC (Preços ao Consumidor) deve acelerar, pressionado pela subida dos alimentos in natura.” A consultoria LCA também projeta desaceleração do IGP-M em relação ao mês anterior, para 0,57%.

Ibovespa fechou em queda na 6ªfeira, mas acumulou alta semanal de 1,44%

Na B3, após três pregões em terreno positivo, o índice recuou 0,32% na última sexta-feira, com volume abaixo da média do ano. Apesar disso, o Índice Bovespa teve a primeira alta semanal de abril (+ 1,44%), com forte contribuição dos papéis ligados às commodities.

Houve, no entanto, segundo destacam em relatório os analistas do BB (SA:BBAS3) – Banco de Investimento, incremento da aversão ao risco em decorrência do otimismo externado por integrantes do Fed em relação à economia americana.

Queda lá fora impactou mercado acionário local

Para a equipe de analistas do BB Investimentos, a percepção de um caminho mais íngreme a ser percorrido pelos juros básicos dos EUA tem se intensificado e contribuiu para a expressiva queda da Bolsa de Nova York na última sessão, impactando também o mercado acionário local. Já o IPCA-15 abaixo do consenso, assim como os dados de emprego divulgados pelo Caged na sexta-feira, reforçaram o gradualismo da retomada da economia doméstica, mantendo aberta a porta para novo corte na Selic em maio – apesar de ainda menos provável – de 6,50% para 6,25% ao ano.

“No mercado de câmbio, o dólar seguiu a alta generalizada da divisa ante as moedas fortes e emergentes”, informa o BB.

Temporada de balanços esquenta esta semana

Depois do aperitivo na semana passada com os dados de Weg (SA:WEGE3), Engie (ex-Tractebel) e Usiminas (SA:USIM5), esta semana terá resultados importantes na safra de balanços do primeiro trimestre deste ano. Na terça-feira o Santander (SA:SANB11) anuncia o resultado após o fechamento do mercado. Na quarta, dia 25, saem os dados da Telefônica do Brasil (Vivo) e Fíbria antes da abertura do pregão e, depois, de Ecorodovias (SA:ECOR3), Estácio (SA:ESTC3), Odontoprev (SA:ODPV3), Multiplan (SA:MULT3) e Hypera (SA:HYPE3).

Na quinta-feira, serão conhecidos os resultados do Bradesco antes do pregão e, depois do fechamento, GPA (SA:PCAR4), Cia Hering (SA:HGTX3), Klabin, Grendene (SA:GRND3), Grupo Fleury (SA:FLRY3) e Suzano.

Na sexta-feira, encerrando a semana, saem os dados de Embraer (SA:EMBR3) antes e Duratex (SA:DTEX3) depois do pregão. Os números podem animar os mercados e vão dar uma ideia do impacto da retomada da economia neste ano sobre as empresas e seus ganhos. Será também uma chance de verificar se o ritmo de retomada da economia está dentro do esperado.

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