É o dia de testar o ditado: “sobe no boato, cai no fato”? ou ainda existe algum folego ao mercado financeiro com a votação dos destaques da reforma da previdência.
Aprovada ontem no senado, a reforma projeta uma economia de R$ 800 bi em 10 anos, o suficiente para dar o alívio fiscal necessário ao país para avançar com reformas ainda mais importantes, como a tributária, o pacto federativo e ações microeconômicas.
É um avanço sem precedente no Brasil, em vista que a necessidade de tais reformas é demanda de todo analista, investidor, gestor e empresário sério no Brasil desde a redemocratização.
Nesta chance única de choque macroeconômico, estão esperadas também a abertura comercial, desburocratização, privatizações e concessões, tudo permeado pelo apoio de Alcolumbre e Maia a figura do ministro Paulo Guedes.
Para os investidores, começa a se desenhar o cenário “dos sonhos” com uma economia mais livre, sem os típicos entraves do governo e maiores garantias de que não ocorrerão judicializações. Neste sentido, a votação das prisões em segunda instância hoje tem papel fundamental nesta percepção.
O maior entrave ao Brasil continua a ser o exterior, num ciclo quase conjunto de desaceleração global, com o protagonismo da guerra comercial na aceleração do processo.
Ainda assim, o fato de estarmos num contra ciclo pode advogar a favor do país, podendo se tornar um possível alvo de investidores globais em diversos setores.
À autoridade monetária, resta a cautela em se operar o ciclo de juros de modo a exatamente não se tornar também um entrave, com a reversão da política de afrouxamento no momento em que a atividade econômica ganhar ímpeto para a recuperação.
No exterior, hoje as atenções continuam voltadas ao Brexit, à possibilidade de mais um adiamento e a figura do primeiro ministro Boris Johnson, na tentativa de se aprovar o texto que foi rejeitado no fim de semana.
O atual processo pode suscitar uma nova eleição no Reino Unido, incluindo mais um desgaste no processo.
Atenção hoje aos resultados de Boing, Microsoft (NASDAQ:MSFT), Catterpillar, Microsoft e Ford.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa com o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi misto, também pela preocupação com o adiamento do Brexit.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, com a elevação de estoques acima das projeções medias dos analistas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,01%
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0839 / -1,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,117%
Dólar / Yen : ¥ 108,48 / 0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,070%
Dólar Fut. (1 m) : 4077,06 / -1,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,54 % aa (2,25%)
DI - Janeiro 23: 5,52 % aa (1,85%)
DI - Janeiro 25: 6,20 % aa (1,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,2816% / 107.381 pontos
Dow Jones: -0,1474% / 26.788 pontos
Nasdaq: -0,7190% / 8.104 pontos
Nikkei: 0,34% / 22.625 pontos
Hang Seng: -0,82% / 26.567 pontos
ASX 200: 0,01% / 6.673 pontos
ABERTURA
DAX: 0,217% / 12782,39 pontos
CAC 40: -0,424% / 5633,73 pontos
FTSE: 0,503% / 7248,79 pontos
Ibov. Fut.: 1,21% / 107969,00 pontos
S&P Fut.: -0,083% / 2992,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,057% / 7856,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 78,30 ptos
Petróleo WTI: -0,94% / $53,95
Petróleo Brent:-0,79% / $59,18
Ouro: 0,35% / $1.490,99
Minério de Ferro: -0,06% / $90,53
Soja: 0,00% / $15,89
Milho: 0,00% / $387,50
Café: -0,35% / $98,55
Açúcar: -0,08% / $12,16