Soja: China Volta a Comprar nos EUA e Demanda Externa por Produto no BR Diminui

Publicado 14.09.2020, 10:31
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A China voltou a demandar maiores volumes de soja dos Estados Unidos, cenário que evidencia um progresso na fase 1 do acordo comercial entre os países. Com isso, após mais de dois anos, os preços futuros de soja voltaram a operar acima dos US$ 10,00/bushel na CME Group (Bolsa de Chicago). Além da maior demanda, a alta externa esteve atrelada também à menor produção nos Estados Unidos. Com o maior interesse pela soja dos EUA, a demanda externa pelo produto nacional diminuiu, pressionando os valores nos portos brasileiros, segundo informações do Cepea,. Em Paranaguá (PR), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 0,26% na parcial de setembro (até o dia 11), a R$ 137,40/sc nessa sexta-feira, 11. Quanto aos embarques, conforme dados da Secex, o Brasil escoou, em agosto, o menor volume de soja e derivados desde fevereiro deste ano. Do grão, foram exportadas 6,23 milhões de toneladas, de farelo, 1,49 milhão de toneladas e de óleo de soja, 68,55 mil toneladas. 

MILHO: PREÇOS RECUAM NA MAIOR PARTE DAS REGIÕES ACOMPANHADAS PELO CEPEA

O menor interesse de compradores, que indicam ter estoques para o curto prazo, tem pressionado os valores do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Na praça de Campinas (SP), base do Indicador ESALQ/BM&FBovespa, a saca de 60 kg do milho registrou queda de 0,12% entre 4 e 11 de setembro, fechando a R$ 58,99 nessa sexta-feira, 11 – no acumulado de setembro (até o dia 11), a baixa é de 3,69%. Porém, especificamente no final da semana passada, os valores subiram, devido à retração dos produtores, que estiveram resistentes nas negociações envolvendo grandes lotes. No campo, produtores brasileiros voltam a ficar atentos ao clima, tendo em vista que o tempo seco pode dificultar o semeio da soja em outubro e, consequentemente, atrasar o plantio do milho de segunda safra de 2020/21. No Sul, a falta de chuvas já preocupa agentes quanto ao desenvolvimento da temporada de verão. 

MANDIOCA: OFERTA DIMINUI E PREÇOS SOBEM

Segundo pesquisadores do Cepea, poucos agricultores têm mostrado interesse pela comercialização da raiz de mandioca, e outros ainda priorizam o plantio. Além disso, em algumas áreas, a falta de umidade no solo já dificulta o avanço dos trabalhos, enquanto em outras, há baixa oferta de mão de obra para a colheita, visto que tem sido direcionada para outras atividades agropecuárias. Principalmente por conta da menor oferta, os preços da mandioca subiram em todas as regiões na semana passada. De acordo com dados do Cepea, o valor médio a prazo para a tonelada posta fecularia foi de R$ 326,66 (R$ 0,5733 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 1,8% na comparação com a média da semana anterior. 

OVOS: COM PRODUÇÃO EM ALTA, COTAÇÕES SEGUEM EM QUEDA

Dados da pesquisa de Produção de Ovos de Galinha feita pelo IBGE confirmam o cenário já relatado por colaboradores do Cepea: de que a disponibilidade de ovos tem estado elevada no mercado interno, pressionando os valores pagos aos vendedores. Esse contexto somado à demanda final enfraquecida – principalmente por conta da diminuição da renda dos brasileiros devido aos impactos econômicos causados pela pandemia de covid-19 – vêm limitando a remuneração de produtores desde maio. Conforme dados do IBGE, entre abril e junho, o Brasil produziu 789,46 milhões de dúzias de ovos para consumo, aumento de 1% frente ao trimestre anterior e de 2,1% na comparação com o mesmo período de 2019. Vale lembrar também que as exportações – que em outros momentos ajudavam a escoar a produção de ovos – estão baixas neste ano, o que influencia no aumento da disponibilidade doméstica. De acordo com a Secex, no acumulado dos oito primeiros meses de 2020, o Brasil embarcou 1,3 mil toneladas de ovos in natura, o menor volume para o período em 14 anos. Em agosto, o setor exportou 69 t, o menor resultado para o mês desde 2003.

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