Soja: Com chuvas irregulares na América do Sul, preços reagem

Publicado 10.02.2025, 09:13

Levantamentos do Cepea mostram que os preços da soja reagiram no mercado brasileiro na semana passada, influenciados por chuvas irregulares na América do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário vem deixando vendedores em atenção e afastados do spot nacional. Além disso, incertezas sobre a relação comercial entre os Estados Unidos e a China reforçam o movimento de alta no Brasil – o apetite chinês pela oleaginosa brasileira pode crescer nos próximos meses. Por outro lado, ainda conforme o Centro de Pesquisas, a elevação no preço doméstico foi limitada pela queda do dólar, que deixa as commodities norte-americanas mais atrativas aos importadores em detrimento das brasileiras. O aumento no frete rodoviário no Brasil (que diminui o valor recebido pelos produtores) também limitou as altas no spot nacional.

MILHO: Indicador volta a fechar acima de R$ 76/sc

Os preços do milho seguem avançando na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Na última semana, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) voltou a fechar acima dos R$ 76/saca de 60 kg, o que não era observado desde abril de 2023. Segundo o Centro de Pesquisas, preocupações relacionadas a atrasos da colheita da safra verão e da semeadura da segunda temporada, sobretudo no Centro-Oeste brasileiro, têm mantido parte dos vendedores afastada dos negócios no mercado spot, à espera de novas valorizações. Além disso, conforme explicam pesquisadores do Cepea, agentes indicam que a prioridade vem sendo a colheita e a entrega dos lotes de soja, o que tem deixado as vendas de milho em segundo plano e os fretes, encarecidos. Do lado da demanda, consumidores se mostram interessados em adquirir novos lotes, mas encontram dificuldades, diante dos preços maiores pedidos por vendedores, ainda de acordo com o Cepea.

MANDIOCA: Oferta elevada mantém pressão sobre cotações

Apesar das chuvas em algumas regiões produtoras de mandioca, levantamentos do Cepea mostram que a oferta de raiz seguiu elevada na última semana, refletindo o maior interesse vendedor para se capitalizar e/ou liberar áreas. A demanda pela matéria-prima também tem crescido, porém, em menor intensidade. Foi nesse cenário que os preços continuaram em queda, de acordo com o Centro de Pesquisas. A média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 600,70 (R$ 1,0447 por grama de amido) na semana passada, baixa de 3,3% em relação ao período anterior. Na parcial do ano, a desvalorização acumulada é de 14,1%.

FEIJÃO: Avanço da colheita eleva oferta no BR

Pesquisas do Cepea mostram que a oferta de feijão tem crescido no Brasil neste começo de fevereiro. Isso porque a colheita da primeira safra vem avançando em ritmo consistente. De acordo com a Conab, até o dia 2 de fevereiro, 40,2% da área estimada (em 908 mil hectares) já havia sido colhida. Segundo pesquisadores do Cepea, essa expansão ocorre em um momento oportuno, com a celebração do Dia Mundial dos Pulses, em 10 de fevereiro. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data reforça a relevância dos pulses, como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, para a alimentação global.

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