A decisão do COPOM unânime num corte de 75 bp seguiu a perspectiva do mercado e abriu espaço para o fechamento dos juros este ano abaixo dos níveis históricos de 7,25% aa.
Num raro contexto benigno de inflação, onde o ciclo positivo de oferta de alimentos tem contribuído para a estabilidade de preços, o cenário externo sem grandes percalços e dólar em equilíbrio para o setor externo, o COPOM tem espaço inclusive para a continuidade do corte de juros.
Reforçamos nossa projeção de 6,5% aa para a Selic já no primeiro trimestre de 2018, porém o condicionante alertado de maneira constante pelo mercado e pela equipe econômica é a aprovação de alguma versão da reforma da previdência e se possível, da reforma tributária, pontos cruciais para o crescimento sustentável com juros baixos.
Com um elevado hiato do produto e um desemprego que deve se manter acima dos 10% no próximo ano, mesmo com a melhora da atividade econômica e do crédito, o contexto para que a inflação de demanda impacte as medidas é limitado e o maior risco continua a ser o eleitoral.
CENÁRIO POLÍTICO
Após deixar poucas “balas na agulha” durante o processo de autopreservação na câmara, Temer agora volta suas atenções às reformas econômicas, talvez a única bandeira com potencial de reversão de parte da sua impopularidade.
O que se viu ontem na câmara é o reflexo do ridículo da classe política, onde todos, sem exceção, se mostravam como os probos, defensores da moral e dos bons costumes.
A situação, enfiada até o pescoço em denúncias, se mostrava revoltosa com a denúncia considerada falaciosa, enquanto a oposição se deleitava na denúncia, esquecendo que, além de serem os responsáveis pela crise econômica, tentavam travar ainda mais a pauta de reformas, em nome de um falso moralismo
.
Ainda assim, o embate agora será pelo protagonismo das reformas, divido fortemente entre Temer e Maia. Ambos tem alardeado tanto a sua importancia e relevância, como o seu desejo em tomar a dianteira do processo. Temer o faz, pois é a última bandeira que lhe resta, entrar para história como um presidente impopular, porém responsável por mudancas importantes para o país.
Maia busca de desvincilhar da responsabilidade de ter atrasado parte das reformas e se mostra hoje como um dos maiores defensores, inclusive de pontos polêmicos da previdência. Que tal embate ególatra seja para o bem do país e para os avanços até agora necessários. O resto, é besteira política.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em alta, após um dia de correção nas bolsas americanas. Na Ásia, o fechamento foi positivo, com atenção aos balanços locais.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro retoma espaço com o dólar estável e o minério de ferro mantém os ganhos em portos chineses.
O petróleo opera sem rumo em ambas as praças, numa realização de lucros.
Atenção aos resultados de Ambev (SA:ABEV3), Bradesco (SA:BBDC4), Ecovias (SA:ECOR3), Hering (SA:HGTX3), Klabin (SA:KLBN11), Suzano (SA:SUZB5), Raia e Grandene.
No exterior, Amazon, Baidu (NASDAQ:BIDU), Bristol-Myers Squibb, Chubb, ConocoPhillips (NYSE:COP), Eastman, Ford, Hershey, Intel, M&M, Mattel, Microsoft, S&P, Twitter, Verisign e Xerox.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2348 / -0,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,008%
Dólar / Yen : ¥ 113,61 / -0,114%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,287%
Dólar Fut. (1 m) : 3250,33 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,97 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,73 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 21: 8,90 % aa (-0,56%)
DI - Janeiro 25: 9,91 % aa (-0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,42% / 76.671 pontos
Dow Jones: -0,48% / 23.329 pontos
Nasdaq: -0,52% / 6.564 pontos
Nikkei: 0,15% / 21.740 pontos
Hang Seng: -0,36% / 28.202 pontos
ASX 200: 0,18% / 5.916 pontos
ABERTURA
DAX: 0,337% / 12997,12 pontos
CAC 40: 0,475% / 5400,43 pontos
FTSE: 0,369% / 7474,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77383,00 pontos
S&P Fut.: -0,012% / 2558,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,054% / 6067,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,04% / 85,91 ptos
Petróleo WTI: 0,21% / $52,29
Petróleo Brent:0,03% / $58,46
Ouro: 0,09% / $1.278,74
Minério de Ferro: -0,02% / $60,72
Soja: -0,16% / $18,45
Milho: -0,14% / $350,50
Café: 0,32% / $124,70
Açúcar: 0,63% / $14,28
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