O destaque da semana vem de fora. Após um ataque químico na Síria, com dezenas de mortos, e declarações do presidente americano, Donald Trump, de que poderia retaliar o regime de Bashar Al-Assad, os EUA lançaram, na madrugada desta sexta-feira, mísseis contra uma base militar da Síria. A situação eleva a tensão global.
Internamente, a Reforma da Previdência ganhou repercussão. O presidente Michel Temer anunciou que o texto será flexibilizado em, pelo menos, cinco pontos, o que causou apreensão entre investidores. Temer negou que negociações com o Congresso possam ser consideradas como um recuo. Entre as polêmicas, estão pontos como idade mínima, aposentadoria rural e benefícios de prestação continuada a deficientes físicos. Tudo isso deve gerar um impacto de mais de R$ 100 bilhões nas contas públicas.
A percepção do mercado é que a Reforma da Previdência será um grande desafio e põe em xeque o governo Temer.
Na esfera política, sobressaiu uma crise entre o senador peemedebista Renan Calheiros e o presidente Temer, o que pode resultar numa dissidência no PMDB e a consequente ruptura com o governo.
No âmbito da Lava Jato, o ministro Edson Fachin incluiu o nome de sete parlamentares em inquérito no Supremo.
Enquanto isso, na economia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estimou um crescimento da de 2,7% no fim deste ano. Na vida real, a atividade da indústria registrou queda de 0,8% em fevereiro.
Lá fora, além da questão na Síria, um atentado em metrô da Rússia gerou tensão no início da semana. Nas Américas, um ponto crítico vem da crise venezuelana, com protestos e violência.
No pregão desta quinta-feira, em um dia volátil, marcado pelas incertezas com a Reforma da Previdência, o Ibovespa se desvalorizou 0,85%. No mercado cambial, o dólar subiu 0,93%, cotado a R$ 3,146.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.