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Temporada de Balanços: o que as maiores empresas do mundo têm a dizer?

Publicado 22.02.2023, 12:19
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Com mais de 74% das empresas que pertencem ao índice S&P 500 já tendo divulgado os números do trimestre passado, bem como dado alguma expectativa para os investidores a respeito desse primeiro trimestre do ano, podemos traçar um panorama da quarta temporada.

Surpresas fazendo preço

Até o momento, pouco mais de 74% das empresas do S&P 500 reportaram os lucros do trimestre passado. Dessas empresas, 69% relataram um Lucro por Ação (LPA) acima da estimativa média dos analistas, que está abaixo da média de 5 anos de 77% e abaixo da média de 10 anos de 73%, ou seja, as empresas estão tendo dificuldades em surpreender positivamente o mercado em relação aos anos anteriores.

No total, os ganhos superaram as estimativas em 1,1%, o que também está abaixo da média de 5 anos – cerca de 8,6% –  e abaixo da média de 10 anos – ao redor de 6,4%. Dado o desempenho ruim em relação às médias históricas, podemos nos perguntar: como o mercado respondeu às surpresas positivas e negativas de lucro, relatadas pelas empresas do S&P 500, durante a temporada de resultados do quarto trimestre até agora?

As empresas do S&P 500 que divulgaram surpresas positivas de Lucro Por Ação (LPA) tiveram um aumento de preço ligeiramente maior do que a média histórica, contabilizando um aumento médio no preço de suas ações de +1,0% quando olhamos o intervalo de dois dias antes da divulgação de resultados até dois dias após a divulgação de resultados.

Por outro lado, as empresas do S&P 500 que relataram surpresas negativas de lucro por ação viram suas ações se desvalorizarem muito menos do que a média histórica, pois até agora elas tiveram uma queda média de preço de -0,4% dois dias antes da divulgação de resultados até dois dias após a divulgação de resultados, frente a uma média de preço de 5 anos de -2,2% durante essa mesma janela, ou seja, o mercado está sendo benevolente com as empresas dado o benefício da dúvida.

Perspectivas não muito positivas

“O que as empresas têm falado sobre o futuro?”. Em termos de guidance (orientação aos investidores a respeito de resultados futuros), 82% das empresas do S&P 500 (58 de 71) que emitiram alguma orientação em relação ao Lucro Por Ação, para o primeiro trimestre de 2023, falaram que o movimento será negativo (lucros menores) na comparação anual.

O percentual de empresas (73%) falando que o primeiro trimestre de 2023 será negativo está bem acima da média de 5 anos – perto de 59% – e também da média de 10 anos – cerca de 67%.

No nível setorial, os setores de Tecnologia da Informação (21 empresas) e Industrial (12 empresas) têm o maior número de Companhias que emitiram um guidance negativo de Lucro Por Ação.

Os analistas de Wall Street também não estão muito animados. Em termos de revisões das estimativas, os analistas reduziram as estimativas de Lucro Por Ação, para o primeiro trimestre de 2023, para empresas que fazem parte do S&P 500, em -3,3% durante o mês de janeiro, o que foi maior do que a média de 5 anos de -1,5% e a média de 10 anos de -1,8%.

Isso significa que o mercado está com um viés mais negativo para o próximo trimestre.

Para o primeiro trimestre de 2023, os analistas projetam uma queda nos lucros de -5,1% na base anual e um crescimento de receita de 1,9%.

Quando as receitas crescem e os lucros caem, significa que o que ficou no meio do sanduíche (custos, despesas operacionais e despesas financeiras) aumentou, o que faz sentido, em vista da alta da inflação nos EUA, bem como dos juros, que impactam o custo da dívida das empresas.

Apesar disso, para o ano de 2023, os analistas ainda projetam um crescimento dos lucros de 2,5% e um crescimento da receita de 2,4%.

Cenário atual segue exigindo cautela

Achamos que esse otimismo do mercado – principalmente para os números consolidados do ano – está um pouco exagerado, sobretudo por conta de um mercado de trabalho ainda apertado nos EUA e uma inflação sendo controlada a conta-gotas, com possível retomada da alta no caso de algum choque inesperado.

O período parece ser de cautela seletividade. Temos aumentado nossa posição de caixa para aproveitarmos um momento de queda nos mercados globais ao longo dos próximos meses.

Temos excelentes empresas na carteira que não necessariamente estão atreladas à economia americana ou europeia.  

Até a próxima semana!

Nota de rodapé: *Todos os dados apresentados no texto foram retirados do relatório EARNINGS INSIGHT, publicado pela Factset na semana passada.

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